A anônima grandeza de nada - por Ana Maria dos Santos

A anônima grandeza de nada - por Ana Maria dos Santos

A anônima grandeza de nada

 

Meu peito,o lugar

 mais apropriado

 para uma facada.

Enterre um lamina

 em meu musculo oco

 e espere o jorro.

O que sobrar de mim

Deixem na estrada.

Na fuligem de dois

 Passos solitário.

Que as mosca circundem

 o cheiro da emboscada;

lambam meu rosto

 e bebam lagrimas.

afixiado e mudo

com um reino

de formiga

na boca,

roendo teus beijos

não me deixem reclamar.

dormindo fujo e subo

as escada celestias.

contemplando a minha

anônima grandeza de nada

um carcara.

 

Ana Maria dos Santos

 

 

 

 

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