A chave que te aprisiona... é a mesma que te liberta - por Daniela Gebelucha

A CHAVE QUE TE APRISIONA... É A MESMA QUE TE LIBERTA!

 

Por um momento, olhes para o carcereiro, define-o... reconhece-o? Sim, definitivamente, sim! Difícil é olhar e reconhecer... mas acredites... foi ele mesmo que te aprisionou! Te algemou, te colocou nesta cela mau cheirosa e sem vida! Cela, essa, que um dia fora selada pela dor, pelo sofrimento, pelo aprisionamento de vidas, pensamentos, atos e condições morais... Ainda, ali mesmo, consegues olhar e perceber que dividiste o espaço com o teu inimigo? Aquele que tirou a tua liberdade, que te massacrou, te torturou e zombou-te... lembras? Ele te venceu... Tu estavas lá, jogado ao chão, sujo, maltrapilho... quando te vi,... sinceramente,... quase não te reconheci! Sim! Tu sempre foste uma pessoa forte, saudável, resistente, firme, entusiasmada... e agora, deparo-me contigo, frágil, enfraquecido, temeroso, desvalido... eu, até tentei estender a mão, mas o carcereiro também estava ali, do teu lado,... impediu-me e expulsou-me! Não desisti! Tentei aproximar-me, várias vezes... e a cada tentativa, percebia a tua dor... a minha dor! Vi-te, muitas vezes, de longe,... pois, o carcereiro não deixava que eu me aproximasse... sentia tristeza ao ver teus olhos tristes, sem brilho... vazios... não sentia mais a vida neles, os mesmos olhos que outrora eram os mais lindos e brilhantes que já haverá visto... tua boca, agora, seca, já sem palpitações, lembra-me da época que ela falava sobre mim, e, assim, tornava-me grandiosa! Ao ver-te assim, até eu, sinto-me pequena, faz-me falta ouvir a tua voz, chamando e clamando por mim... hoje consegui despistar o carcereiro e pude te ver. Não vim pra julgar, só vim pra dizer que preciso de ti para manter-me firme e viva! Jamais abri mão de ti! Deixar-te-ei e tu farás a tua escolha! Neste instante, o vento sopra em seus cabelos, o ar entra em suas narinas, uma réstia de brisa anuncia o alvorecer... depois de tanto tempo... tu levantas... após tantas tentativas frustradas... olhas para o carcereiro... tua aparência é idêntica a dele... teus traços são verossímeis... porém, é só tu que podes dominá-lo,... é só tu que podes vencê-lo... ele respira o mesmo ar... ele deseja que tudo permaneça da forma que está... mas a escolha é única e, é tua... para a liberdade viver, o carcereiro que te aprisionas, precisa morrer... deixar-te-ei uma chave em teu pensamento. Ele tem poder sobre a chave! Pois, a chave que te aprisiona é mesma chave que te liberta. 

 

 

 

 

 

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