Confuso - por Marta Maria Neimeyer

CONFUSO     

Um jeito confuso de ser. Não sei quem sou, apenas sei de onde vim. Não sei para onde vou. O que estou fazendo aqui? Para que serve o que estou fazendo aqui? Deixar um herdeiro. O herdeiro dará continuidade a minha obra? Uns deixam pegadas, outros grandes marcas. Os maiores artistas são grandes imortais, suas obras são estimulantes para outros que virão. Uns escrevem palavras de amor, outros pintam o amor. Outros tocam amor. Outros dançam o amor, outro cantam o amor. Outros ensinam o amor, outros fornecem o amor em alimento para o corpo e a alma na grande ciranda da vida. Uns vão e outros ficam a contemplar o mundo e seu movimento, em pequenos grãos de areia. Na suave brisa do mar. Na luz das estrelas que talvez não existam mais. No espelho das águas ou  bolha de ar. No sorriso da criança ou do idoso, que talvez não saiba o porque de seu sorriso. Uma magia em energia que conduz a humanidade no seu curso universal. Quem ficar parado vendo o mundo seguir, terá uma historia para contar?