Letícia da Cunha Barros Bavuso - por Leandro Campos Alves

Letícia da Cunha Barros Bavuso - por Leandro Campos Alves

Letícia da Cunha Barros Bavuso.

 

Personagens que fazem parte da Nossa História - Letícia da Cunha Barros Bavuso

 

        Letícia da Cunha agora é mais uma estrela que brilha no céu.

 

        Acaso perguntassem como as pessoas se lembram de Letícia, por mais diversas que possam ser as respostas, certamente a palavra chave seria Alegria. Sempre com um sorriso no rosto, e o espírito alegre que a todos contagiava, ela viveu intensamente a vida.

 

        Filha de José Alves de Barros e Alcina Maria da Cunha Barros, nasceu Letícia aos 17 de dezembro de 1972, em Volta Redonda/RJ, mas foi em Liberdade/MG que passou a infância e a juventude com os irmãos Rinaldo e Eliza.

 

        Em Liberdade, cursou até o ensino médio. Estudiosa, responsável e dedicada, continuou os estudos superiores na Universidade Federal de Juiz de Fora, onde se formou em Assistência Social. Trabalhou na Associação Municipal de Apoio Comunitária de Juiz de Fora – AMAC, onde fez parte da diretoria, foi Coordenadora do Projeto Curumim e do Centro de Referência de Assistência Social/CRAS. Abraçou a profissão com a determinação de quem fez escolha por vocação, sempre ao lado das causas humanitárias.

 

        A LUTADORA

 

          Muito religiosa e católica, Letícia fez parte do Encontro de Casais com Cristo/ ECC e procurava sempre seguir os princípios e valores cristãos.

 

        Há cerca de três anos, Letícia descobriu que estava com câncer de ovário. Passou por extensa cirurgia no Hospital Monte Sinai, em Juiz de Fora. A partir daí iniciou uma luta sem precedentes contra o câncer. Exemplo de enfretamento à doença, procurava levar uma vida normal, visitava pessoas portadoras de câncer, a quem levava conforto e mensagens de otimismo e esperança na cura.

 

        Um ano após receber o diagnóstico da doença, foi considerada inapta, ao tentar assumir um cargo garantido em concurso público. Em entrevista ao Jornal do SINSERPU, desabafou: “Fiquei abalada emocionalmente, mas não poderia deixar de lutar por meus direitos. Estudei, paguei cursinho, comprei livros e colhi os frutos com minha aprovação. Naquela época não estava doente, mas houve morosidade nas nomeações. Comecei a questionar qual é o espaço que passei a ocupar na sociedade.”

 

        Sua indignação a mobilizou a ingressar na luta a favor das pessoas portadoras da doença, que culminou com a lei número 12.751 do Município de Juiz de Fora sancionada em 09/01/2013, que prevê ao paciente com câncer, entre outras medidas, tratamento especial na Rede Municipal de Saúde, garantia de acesso ao transporte, à moradia, à educação e à prestação de serviços públicos municipais, de qualquer natureza.

 

        Após período de muita luta, faleceu Letícia, em 08 de Janeiro de 2014, em Juiz de Fora-MG, cidade onde morava. Seu sepultamento foi no dia 09 de janeirode 2014 na cidade de Liberdade-MG, terra  tão amada. Na memória de todos, ficou o exemplo de liderança, de luta, de amor à família e ao próximo. Deixou o esposo Marcos Bavuso, com quem viveu por seis anos.

 

        Em 2002, publicou um livro de poesias intitulado de “Reviravolta” e deixou dois livros inéditos; um de poemas e outro sobre o câncer.

 

        A família recebeu Moção de Pesar da Câmara Municipal de Juiz de Fora, mensagem da Paróquia Santa Rita de Cássia, e da Catedral Metropolitana de Juiz de Fora.

 

        Num momento tão doloroso, com a perda de pessoa tão querida, os familiares fizeram a doação das córneas de Letícia. Um gesto humanitário que certamente ela aprovaria.

 

Iluminadas

 

Há pessoas que são sempre pontas de brilho em nosso caminho.

São focos de luz, onde há escuridão.

São almas raras, certamente, com auras claras.

São alegrias.

Quem sabe se são anjos?

Quem sabe explicar o mistério da sensação de paz e confiança que algumas pessoas irradiam?

Na tristeza, um sorriso. No desespero, uma presença calma que assenta a impaciência e a vontade de não enxergar além.

Há pessoas, que são bem mais que pessoas.

Parecem ver, mais que um olhar. Hão de ser sempre iluminadas. Sempre especiais. Devem, com certeza, ser um reflexo de alguma estrela que brilha lá no céu!

 

Letícia.

 
(Fonte: Alcina Cunha Barros)
 
 
 

 

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