Mães do Holocausto - por Isi Golfetto

Quando tudo parecer impossível você tem duas escolhas: ficar prostrado e se render... ou ficar em pé, até correr se preciso for... mas fazer o melhor que puder não importa o que aconteça.

 

Mães do Holocausto ! Por Isi Golfetto

 

Há algum tempo conheci a história de Irena Sendler. Essa destemida mulher foi a minha inspiração para o artigo: A arte de ver o invisível.

Hoje Irena Sendler volta a cena. Desta vez a inspiração para esse artigo veio da declaração feita por ela no final do filme “The courageous heart of Irena Sendler” (O coração corajoso de Irena Sendler) em que ela faz uma homenagem as mães do Holocausto. 

Sua história nos dá uma ampla visão de alguns dos momentos mais terríveis da Segunda Guerra. Nele, a crueldade e ferocidade nazista em contraste com a grandeza de heróis que arriscaram a própria vida para salvar o seu semelhante.

Impressionante. Irena Sendler vivia os horrores dos tempos de guerra pensando nos tempos de paz. Para ela a palavra impossível era continuar a ver um povo sendo dizimado sem ao menos tentar fazer alguma coisa. Sua visão e obstinação a impulsionaram a buscar meios para salvar as crianças judias do gueto de Varsóvia arriscando a própria vida.

Emocionante a convicção de Irena ao tentar convencer as famílias a entregarem a ela as suas crianças para que pudessem ser adotadas por famílias polonesas e ter a chance de viver uma vida digna. Irena procurava obstinadamente fazer com que as mães compreendessem que todos seriam exterminados se permanecessem mais um dia ali.

Contudo, para as mães, apesar de saberem que sobreviver àquelas condições precárias era lutar contra o tempo, era lutar contra a morte, elas e os familiares sempre hesitavam em entregar suas crianças. A separação era difícil e compreensível, mesmo porque Irena nunca escondeu que inclusive a sua própria vida estava em risco.

Independente de todos os obstáculos Irena sempre estava em busca de famílias polonesas que desejassem adotar uma criança judia. Essas famílias também estavam conscientes de que se fossem descobertas estariam pondo em risco a vida da própria família. Irena, sempre incansável, buscava outras alternativas como os orfanatos e conventos para que mais crianças pudessem ser abrigadas.

Irena não pensou apenas em manter a vida das crianças naquele momento, mas pensou no dia em que elas pudessem recuperar suas verdadeiras identidades e reencontrar seus familiares. Assim tomou o cuidado de registrar os dados referentes a cada criança e os guardar em potes de vidros enterrando-os no jardim de uma vizinha, caso viesse a acontecer algo com ela.

Lamentavelmente a maior parte das famílias dessas crianças foram mortas nos campos de extermínios. À princípio, as crianças que não tinham sido adotadas ficaram em orfanatos, mas com o passar do tempo foram enviadas a Palestina. E as famílias que haviam adotado as crianças durante a guerra, sofreram a terrível dor da separação ao devolvê-las aos parentes que sobreviveram.

Como podemos definir o sentimento de amor de uma mãe? Como podemos compreender esse sentimento cujo amor é maior que a própria vida? Como compreender o amor de uma mãe que prefere morrer e entregar o seu filho para que possa viver? Como compreender o amor de uma mãe que prefere colocar sua vida e da sua família em risco para dar amor a um filho que não é seu? Como é demonstrar amor em tempos de ódio?

Nos momentos mais angustiantes e difíceis da vida dessas mulheres elas se tornaram heroínas anônimas. Heroínas sem capas, anjos sem asas, amor sem limites seja a mãe que deu a luz ou a mãe de coração.

Hoje nosso amor é dedicado especialmente a você mãe, a você que assumiu o papel de mãe de coração que pode ser um pai, avós, tios, irmãos...

Nosso abraço especial a você mãe que está enfrentando hoje adversidades na vida com o seu filho, seja por qual motivo for. Não esqueça que o impossível acontece a quem crê. A vida é bela e você está nela.

Mães são anjos sem asas, heróis sem capas, amor sem medidas... que hoje o seu dia possa ser cheio de afeto, de abraços, beijos, lágrimas de felicidade ou de saudade.

E que todos os filhos saibam reconhecer e retribuir o amor que recebem de suas mães!

 

Um belo dia a todas as mães !

 

Até breve !

Isi

 
 

 

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