Os arquétipos e a humanidade - por Maurício Duarte

Os arquétipos e a humanidade

 

O que significa arquétipo?  Vem do grego: arqui=antigo, arcaico + typo=padrão.  Significando: padrão arcaico. O pensador Carl Gustav Jung denominou como arquétipos as manifestações desses padrões fundamentais e recorrentes em mitos, religiões, folclore, lendas, contos de fada e, ainda, no nosso inconsciente, como sonhos e fantasias.  O arquétipo serve de estrutura à personalidade e é, basicamente, um padrão de comportamento herdado.  O tipo imaginado dos deuses, dos titãs, dos super-heróis, dos mártires, dos líderes e assim por diante, são imagens arquetípicas que se fundem para formar símbolos.  Esses símbolos são sínteses de inúmeros conceitos, até mesmo conceitos opostos.  O arquétipo, nesse sentido, pode servir muito bem para alguém que busca autoafirmação, como um adolescente, por exemplo, se identifica com um super-herói de história-em-quadrinhos.  Ou para alguém que busca uma transcendência espiritual ou religiosa e se espelha no exemplo de um santo e, nesse caso, o devoto estrutura sua personalidade ou humor levando em conta aquele determinado padrão de comportamento louvável e sobre-humano.

O universo psicológico do homem contemporâneo é um caos, para dizer o mínimo.  Vivemos sob pressão e com problemas o tempo inteiro, todos os dias, praticamente.  Os arquétipos da sabedoria, da harmonia e da beleza se perverteram irremediavelmente?  Eu não saberia dizer, mas é possível que estejamos passando por uma fase de trevas com relação à ideais, ideias e valores de um modo geral.  Nisso, os arquétipos do nosso mundo inconsciente vêm à tona, muitas vezes, de forma deformada e de forma degenerada.  Dependendo do cachorro mau ou do cachorro bom que mais alimentarmos, como diz a parábola antiga, mais teremos a presença do cachorro mau ou do cachorro bom.

O tema do livre arbítrio X o destino também tem relação com o que decidirmos, porque a forma como determinados arquétipos serão vistos preponderantemente por nós, irá para um lado ou para o outro.  Se nos identificarmos com o símbolo da justiça cega ou vendada e imparcial, com sua espada – ou o equivalente disto visto sob qualquer modo, até na cultura pop, o super-herói Demolidor, por exemplo, cego combatente do crime que possui seus outros sentidos super ampliados – teremos uma imparcialidade e um código de conduta de justiça, muito provavelmente.  Assim, se tivermos um temperamento fanático ou tendencioso para este traço intolerante de personalidade, iremos para o lado do destino, talvez, e pautaremos nossas atitudes, considerando algo inexorável e que está fora do nosso controle, seja para o bem ou para o mal – e provavelmente, para o mal, no caso desse ponto da balança da justiça.  Doutro modo, se tivermos um temperamento afeito à liberdade e à democracia ou voltado para tal valor, a balança da justiça irá nos levar a tomarmos conta de nossa vida e nos tornar senhores do que é possível fazer frente aos obstáculos presentes neste ponto para o lado do bem, provavelmente.

No entanto, nada disto é claro e/ou objetivo.  Nossas decisões são subjetivas, como é subjetivo o universo humano.  Os arquétipos podem nos trazer positividade ou negatividade, dependendo de nossa psique, personalidade, sentimentos ou temperamento.    O importante é seguir consciente, sempre tendo em vista o potencial que nós, seres humanos, têm de resolver seus problemas, seja com intervenção divina ou não.  E sabendo que neste momento da história do homem, uma ajuda dos Céus seria mais do que bem-vinda, seria essencial para a tomada de um novo rumo para a humanidade.  Paz e luz.

 

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)

 

 

 

 

 

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