Portas Abertas - por Adriana Freitas

Portas Abertas - por Adriana Freitas

PORTAS ABERTAS

 

Eu nem te peço pra ficar. Entre lágrimas e soluços, deixo a porta aberta e o seu direto de escolha. Os planos? Deixa pra lá. Eles podem ser refeitos, acomodados, deixados para outro momento ou compartilhados com outras pessoas.

Eu te queria comigo. Na hora do jantar. No café da manhã. E nas tardes de domingo. Queria o teu abraço. Ser ouvinte das suas conversas malucas. Testemunha dos seus experimentos culinários. A sua cobaia perfeita.

A sua companhia nos consultórios médicos. Nas praias no fim de semana. Eu queria te acordar de um pesadelo ou ter você para segurar minha mão quando tivesse medo.

Eu queria você na rotina diária. No dia a dia estressante. Mas você quis ir. E eu te deixei ir. Não é porque não me importe ou não te ame. É por acreditar que amor é liberdade. É a porta sempre aberta.

A casa será sempre sua. Se quiser ir. Pode ir. As portas estão abertas. A rua lhe espera. Nada te impede. Não há prisões, amarras, promessas, mágoas. Nada te prende, nada te segura. Se quiser voltar e ficar, pode vir, a casa será sempre sua.

 

 

 

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