Tic-tac - por Ione Kadlec

TIC-TAC

 

Assim canta o relógio carrilhão.

Ele é europeu; alemão de Berlim.

Fabricado no século XIX. Hoje, vivo,  está há contar o tempo.

Marcado, cadenciado.  Tic Tac sussurra satisfeito.

Engrenagens lustradas, conservadas, preciosas, delicadas.

Em forma!

Esta coisa inanimada ocupa lugar de destaque

Inerte, parado, sem vida, sem ânimo e sem vontade própria.

Ele dita as regras, as normas, os dias, os meses, os anos e os séculos.

Os Donos? Já viraram cinzas pagãs.

Com autoridade anuncia o tempo que, movendo ponteiros,  vai se diluindo

Todos  correm,  mas o tempo sempre passa.

Tic Tac! Tic tac!

No velho vaso de cristal, as rosas morrem: murcharam!

Sem vida tombaram sobre o vaso.

Pétalas retorcidas

Que pena!

Elas, as rosas,  despetaladas,  sem viço e cor

Já não ouvem mais o tic tac

O tempo acabou.

Novo ano começou.

 

 

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