O MINI QUE É MÁXIMO
Como se destaca a verdadeira capacidade produtora de um escritor? Porque alguns escritores viram contistas e outros escrevem trilogias? Sinceramente, admiro muito aqueles que conseguem escrever 800 páginas de uma única história, o grande Stephen King que nos surpreende a cada livro, está nesse mundo para nos presentear com esse tipo de narrativa.
Mas e o que dizer de pessoas que contam toda uma história em redes sociais como o twiter? Contos que não podem ter nem mesmo meia página? Verdadeiros artistas, penso eu, mas para provar que podemos superar nossos limites, deixo vocês com um miniconto de minha autoria, não creio que ficou perfeito, mas serviu ao propósito.
Aguardo críticas, ok?
“Uma Boa Mulher” de Rô Mierling
Selena era uma moça boa. Ajudava os amigos em tudo, estava sempre ajudando seus vizinhos. Ela era boa em tudo que fazia. Era uma boa cozinheira, boa dona de casa e boa cidadã. Até que conheceu o Sérgio. Ele era um rapaz muito bom, mas numa noite fatídica ele emprestou o carro para uns amigos, que praticaram um assalto, a polícia chegou até ele pela placa do carro. Ele foi preso, condenado a sete anos de cadeia.
Na prisão, Sergio não queria ser bom, ele foi torturado, humilhado, passou fome e dor. E quando saiu se transformou em Mano Tom. Ele agora dirigia uma gangue de drogados treinados para roubar e matar. Ele aprendeu de tudo na cadeia e agora iria colocar seu aprendizado em prática.
Numa tarde de sol, Mano Tom foi levar a sobrinha no parquinho e encontrou Selena. Olharam-se, desejaram-se e se casaram. Mas Mano Tom não tinha contado a Selena o que ele fazia. Contou depois do casamento, Selena não disse nada. Para ela casamento era para toda a vida e se ela podia ser boa com estranhos também deveria ser boa com o homem que amava. Selena passou a ser uma boa informante do tráfico, uma boa motorista de fuga e uma excelente atiradora quando era preciso.
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