A LUZ
Noite! Noite tão fria e tão escura,
Onde meu ser vagueia sem abrigo,
Sempre só e, tão cheio de amargura.
Sem ter p’ra repousar um peito amigo.
Mas, eis que na noite escura resplandece
A estrela que, há muito procurava.
E em torno desta luz tudo fenece.
Desponta para mim a madrugada!
E o dia vem. Com ele a claridade
Que há-de alumiar meu coração
De ternura, de amor e de saudade
Que destes dias felizes ficarão,
Para sempre, anjo meu! Na eternidade,
Teremos deste amor recordação.
José Lopes da Nave