7 Mandamentos para Revolução Política no Brasil - por Emerson César

7 Mandamentos para Revolução Política no Brasil - por Emerson César

7 Mandamentos para Revolução Política no Brasil

 

Atribui-se ao grande estadista e pensador político Thomas Jefferson o indelével ensinamento: sempre que qualquer forma de governo torna-se destrutiva para a vida, para a liberdade e para a busca da felicidade, as pessoas têm o direito de alterá-lo ou aboli-lo. Já é tempo de alterar ou abolir o nosso. O brasileiro vive hoje, assim como ontem e provavelmente amanhã, num ilusório sistema democrático, crente que apenas seu voto é o suficiente para atestar a legitimidade da nossa democracia. Se você ainda acredita nessa fantasiosa ilusão, já passou da hora de acordar. Se por outro lado, você já despertou sua consciência para a grande farsa que envenena nosso sistema político e repercute em nossas mazelas sociais, então se sentirá mais a vontade para compreender o que proponho com os “Sete Mandamentos” essenciais para uma Revolução Política e verdadeiramente democrática no Brasil. Leia, reflita e se concordar comigo, então lute ao meu lado para revolucionarmos a política brasileira!

 

1º Mandamento – Proibir o financiamento privado de empresas e corporações para partidos e campanhas políticas. No Brasil e nas principais “pseudo-democracias” mundo afora, um candidato é eleito não de acordo com suas ideias, mas de acordo com o capital privado das grandes corporações que patrocinam suas campanhas milionárias. Sabe-se que nos EUA, por exemplo, se faz necessário um investimento de 100 milhões de dólares em marketing, propaganda e “outros” para se eleger um Presidente da República e aproximadamente 6 milhões para se eleger um Senador. Quem paga essa conta são as grandes empresas e corporações, o que “amarra” o candidato e seu partido aos interesses dos grandes capitalistas e não aos interesses legítimos do seu povo. Dessa forma a política se torna refém do Capital e submissa à sua sede insaciável por lucros e dividendos.  Elaborar um programa amplo e confiável de financiamento público e verdadeiramente democrático dos partidos políticos com forte controle sobre o capital investido em cada legenda é um passo importante para resolver este problema e libertar o Poder Público das amarras do Capitalismo.

 

2º Mandamento – Controle popular sobre o poder exercido pelos meios de comunicação privados. Sabemos que apenas seis famílias no Brasil e seus correligionários controlam praticamente toda informação de massa no país. Podemos afirmar sem sombra de dúvidas que estas gigantes midiáticas ainda determinam o que o brasileiro vai consumir, acreditar, votar e até pensar. Em se tratando do longo histórico de manipulação e alienação cultural e política desses meios é de se enfatizar a necessidade imediata de se elaborar e aprovar uma “Lei de Meios” no Brasil, que mantenha essas grandes corporações sob rígido controle da população, reduzindo seu poder oligárquico e democratizando a produção e distribuição de informação no país. Abrir nossa TV aberta para entrada de canais públicos e comunitários, bem como democratizar nosso fechado sistema de rádio são iniciativas urgentes que devem surgir para nos livrar da dominação das velhas e poderosas oligarquias midiáticas.

 

3º Mandamento – Garantir maior segurança e confiabilidade do processo eleitoral. Não faltam denúncias e evidencias de que as eleições realizadas através da urna eletrônica vêm sendo sabotadas há anos, colocando em cheque os resultados das eleições e a confiabilidade do processo eleitoral brasileiro. Precisamos de um processo mais seguro de votação e auditoria. Se mantido o sistema eletrônico, então que esta máquina também emita um recibo impresso para que o eleitor confira seu voto e em seguida o deposite em uma urna convencional para recontagem e auditoria. Se ainda assim não pudermos confiar nas urnas eletrônicas, que voltemos à era das cédulas de papel, desde que a credulidade do sistema eleitoral também retorne. Que o processo eleitoral seja de responsabilidade de uma instituição idônea, não ligada ao Governo e apartidária. Só um tolo confiaria a chave do galinheiro à raposa.  

 

4º Mandamento – Implantação de programas de educação e consciência política nas escolas de ensino fundamental, médio e também nas universidades e centros de ensino superior. É preciso mudar a visão e a cultura do brasileiro com relação a todas as esferas que envolvam a política no país. Via de regra, nossos cidadãos possuem pouco ou nenhum conhecimento sobre o papel e as atribuições dos políticos e das instâncias da administração pública, além de desconhecerem o significado da palavra ética. São também essas crianças e jovens os corruptos e incompetentes que ocuparão os cargos públicos no futuro. Para mudar essa cultura perversa e romper definitivamente com o amargo ciclo vicioso em nossa política é preciso um trabalho de curto, médio e longo prazo na Educação cidadã das novas gerações.

 

5º Mandamento – Corte radical dos benefícios e privilégios dos políticos brasileiros. A profissão de político precisa ser “renascida” como um cargo de baixo salário e poucos ou nenhum privilégio legal para que esta profissão pare de atrair pessoas gananciosas em busca de enriquecimento rápido e passe a atrair pessoas verdadeiramente dispostas a trabalhar pelo bem da nossa nação. Um maior rigor nas punições aos políticos corruptos e/ou incompetentes também se torna indispensável para uma reforma estrutural no sistema político brasileiro. Hoje nos temos um sistema político essencialmente corrupto e corruptível, isto significa que se colocarmos um cidadão honesto e competente no poder, ele possivelmente se converterá num criminoso de terno e gravata ou será sufocado por estes. Nós não podemos mais permitir que isso aconteça.

 

6º Mandamento – Fomentar o aumento da participação política popular a nível regional e municipal, pelo uso das ferramentas de gestão participativa e pelo incentivo a formação e atuação de novos líderes políticos no país. Precisamos renovar o Poder Público em todas as suas esferas, limpando as câmaras e assembléias legislativas das velhas raposas e múmias que ali habitam em lugar de uma nova geração de políticos revolucionários e comprometidos com os interesses do povo. Sem líderes não há Revolução. Institucionalizar ferramentas de democracia direta como plebiscitos e referendos, além de permitir a eleição de candidatos não ligados a legendas partidárias fazem parte dessa Revolução.

 

7º Mandamento – Elaboração de uma nova Constituição Nacional, forjada não por uma comissão de políticos gananciosos e incompetentes, mas por representantes dos mais diversos e variados segmentos e entidades civis, universidades, centros de pesquisa e ciência, especialistas e entidades ligadas à Educação, Saúde, Meio Ambiente, Segurança e todas as áreas que vierem a compor a Carta Magna. Tal Constituição deverá ir à votação popular, universal e facultativa, quando só então poderá ser chamada de Constituição Nacional, democrática e popular. Esta nova Constituição certamente não abandonará as boas leis que conquistamos em 1988, mas trará uma necessária e bem vinda renovação para o que é hoje mais um amontoado de retalhos e remendos, com excesso de brechas legais para a injustiça e impunidade, além de um conjunto de leis ultrapassadas que pouco vem atendendo as novas interpretações do que é direito e dever do povo brasileiro.

 

Talvez um dos grandes problemas da nossa sociedade é que desperdiçamos tempo demais discutindo os problemas e não suas soluções, e pior, desperdiçamos tempo demais discutindo e tempo de menos consertando nossos problemas. Falamos muito e fazemos pouco. Ora, nós já conhecemos os problemas. Nós já conhecemos as soluções. Então o que estamos esperando para alterar ou abolir o nosso falido sistema político? Enquanto não tomarmos as ruas e o Congresso com projetos claros para mudar o destino do país, mais brasileiros continuarão sendo atirados na pobreza, na violência, na ignorância e na completa servidão aos interesses do Sistema. Certamente nossa discussão não se encerra neste breve artigo, tão pouco estes sete mandamentos se configuram na última palavra para instauração de uma democracia plena e funcional em nosso país. Cada item exposto aqui representa em si um conjunto próprio e imenso de novas ideias e ações. Mas para trazerem as mudanças revolucionárias que precisamos as ideias precisam efetivamente acontecer e o que proponho neste texto é que façamos as ideias acontecerem. É que você leitor(a), brasileiro(a), revolucionário(a), descubra e se empenhe em formas de fazer as ideias acontecerem!

 

Fonte e imagem:  https://dragaourbano.com.br/7-mandamentos-para-revolucao-politica-no-brasil/

 

 

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