AO LUAR
Sentados
ao luar,
abraçados,
contemplando o mar
no nosso amor
refugiados,
sonhando quimeras, futuras.
Luz das almas reflectia-se
na calmaria das águas,
serenas, lânguidas,
de promessa de ânsia,
mágoas distanciando
em beijos ardentes meditando
pela noite anelando
que seria já.
Sombra não era,
apenas o desejo
de estarmos,
sermos
almas afeiçoadas
de amor
numa só.
O sol atrasar-se-ia.
O luar, em voo, era nosso,
Apenas nosso.