DEUS, OS HOMENS E SEUS ESPELHOS
Afinal, quem é deus?
Para Aristóteles, “deus é razão.”
Para Aquino, “é causa e efeito, perfeição.”
Para Kant, “não pode ser provado.”
Para Marx, “é o ópio do povo.”
Para Freud, “é a projeção psicológica do pai.”
Para Nietzche, “está morto.”
Para Voltaire, “se não existisse, precisaríamos inventá-lo.”
Para Bakunin, “se existisse, precisaríamos aboli-lo.”
Para Osho, “não é solução, é o problema.”
Para Osho, “não é solução, é o problema.”
Para Degrasse Tyson, “um saco cada vez mais vazio.”
Para Hitchens, “não é grande.”
Para Dawkins, “um delírio.”
Para Hawking, “desnecessário”.
Para Saramago, “insuportável.”
Para Feliciano, “atirou três vezes em John Lennon.”
Para alguns, deus é controle, poder e dinheiro.
Para outros, é, justamente, o oposto de tudo isso.
Para alguns, deus é libertador.
Para outros, escravizador.
Para alguns, aquele que salva.
Para outros, o que condena.
Para uns, criador.
Para outros, criatura.
Para alguns, bom e moral.
Para outros, cruel, sádico e irracional.
Para alguns, amor e perdão.
Para outros, ódio e retaliação.
Para alguns, é tudo.
Para outros, nada.
Então, quem é deus?
A verdade, talvez, é que haja bilhões de deuses diferentes, ou, possivelmente, nenhum. Mas nem isto, nem aquilo, se pode provar.
Só o que se pode provar, com razoável certeza, é que existem bilhões de homens que adoram e temem um deus, na mesma intensidade em que adoram e temem seus respectivos espelhos.