Encantamento - por José Lopes da Nave

Encantamento - por José Lopes da Nave
ENCANTAMENTO
 
 
 
Em doce tempo, comecei a reflectir,
 
a querer tornar-me feliz,
 
ficando a imaginar-te eternamente
 
e, fechando os olhos, sentia-te.                  
 
Era singular, com os meus braços abertos,
 
esperando-te.
 
E, pensando em ti, quando afastado,
 
tudo faria para ver a alegria no meu rosto
 
e, a um imaginário beijo teu
 
nada se compararia.
 
Acordaste os meus olhos,
 
como uma primavera.
 
Foste para mim um apelo de amor
 
que esperava ouvires, no tempo,
 
de sensitivas auras
 
e fizeste a alma florir
 
minha doce fonte de alento.
 
Como aurora de amor,
 
trouxeste-me a vida,
 
o início de uma melodia,
 
a acordar-me
 
e tornaste tudo encantador.
 
Senti-te crisálida.
 
Revivi na liberdade de um beijo.
 
Desejado.
 
 
 
 

 

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