MEMÓRIAS
Quando o sol, entre as cortinas da janela,
me acordava pela manhã,
ainda dormentemente acordado,
recordo, ao longe, a gorjeada dos pássaros
o ladrar dos cães, em correria
o chilrear das rodas dos carros de bois,
estrada acima.
E, nesta quietude ambiental do quarto,
que apenas o zumbido de uma mosca
impertinente interrompia e incomodava,
me ficava,
deixando o pensamento divagar,
longe dos afazeres do liceu e bulício da cidade,
até que uma das minhas tias avó,
ternamente, me trazia o pequeno almoço
e me dava um beijinho de bom dia.
Que saudades do tempo de menino e moço!