NO ALTO DA SERRA
Subi ao cume da serra, circundei o olhar
A neblina envolvia a serrania
Como querer abraçá-la e acaricia-la
Num dolente jeito de amar.
O sol, ciumento, despontou
Como num sopro, as nuvens dispersou.
As tonalidades avistavam-se no horizonte
Cada qual em seu monte,
Configurando um espetro de arco íris.
O fumo das queimadas dos pastores
Evaporava-se de fugida
Por entre os balidos do gado,
Apascentado dolentemente
Nos vergéis do rio que serpenteava, docemente.
Paradisíaca paisagem,
Deslumbrante!
A fazer-me fixar os olhares e, no tempo, os reter.