O Melro Voltou - por José Lopes da Nave

O Melro Voltou - por José Lopes da Nave

O MELRO VOLTOU

 
 
 
Ouvi-o cantar,
 
aquela ária de gargalhada
 
irónica, atrevida, desafiadora.
 
Há muito, fugido andava,
 
visitou-me:
 
negro, madrugador, luzidio, jovial, inquieto.
 
Belo,
 
de bico amarelo,
 
na relva saltitando,
 
de árvore em árvore voando
 
para a minha varanda entrou
 
e poisou.
 
 
 
Tinha saudades dele,
 
pois, todas as manhãs, todas as tardes
 
ao anoitecer,
 
o cantar que ouvia
 
me apetecia.
 
 
 
Mas, assim que me sentia
 
fugia,
 
observava-me,
 
cantava-me,
 
a alma me acalmava
 
com o canto que declamava.
 
 
 
A ele me familiarizei,
 
poisado na minha varanda.
 
 
 
 
 
 
 

 

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