RECORDANDO
Enquanto não durmo, lembro,
os fins de tarde, idos,
com os raios de sol poente
por entre as nuvens levadas pelo vento,
através das araucárias do monte.
A nostalgia das tardes,
passadas junto ao mar,
os passeios a cavalo e de automóvel
em caminhos rodeados de hortênsias,
os Outonos de cores avermelhadas e amarelas.
Primaveras, de cores promissoras,
elegâncias e sorrisos
em tudo o que via e contemplava
vales verdejantes e coloridos,
ondas espreguiçando-se na areia,
refletindo o ocaso tremeluzente e inquieto,
um casal de cisnes, namorando,
com o luar a raiar para mim,
como uma flor e um beijo.