SENTADOS, MEU AMOR
Sentados
ao luar,
no cais abraçados,
contemplando o mar
no nosso amor refugiados,
sonhando quimeras,
futuras.
Nossa luz refletia-se
na calmaria das águas,
serenas, lânguidas,
de promessa de ânsia,
mágoas distanciando
em beijos ardentes meditando
pela noite anelando
que seria já.
Sombra não era,
apenas o desejo
de estarmos
e sermos
corpos afeiçoados
de amor
num só.
O sol atrasar-se-ia.
A aurora era nossa,
Apenas nossa.
José Lopes da Nave