TORNEI-ME ADULTO
Criança há muito tempo eu fui
Cresci tornei-me adulto, bruto
Moldei, tempo bom e ruim
Vim até aqui eu sei e passarei
E um dia eu virarei defunto.
Nesse dia, dinheiro deixarei
E anjos não trocarão trombeta
Nada eu também não posso levar
Pois o meu caixão, não tem gaveta
Lá também não tem como gastar.
Para aonde vou... Eu não sei
O que sei é que irão me enterrar
No buraco o meu fim é frágil
E sem asas eu não poderei voar.
Deixarei mundo que parecia encanto
Jardins com flores e pétalas a voar
Promessas sem fim de todos os santos
Amores saudades e coração para amar.
Antonio Montes 12/11/14