Imagem: do filme Um dia
Alguém já falou que algumas coisas não se esquece. Concordo. Vai de um perfume marcante a uma viagem planejada com alguém que jamais se esquecerá. São esses momentos que se infiltram em nosso tempo e vão até lá, àquela altura que temos medo de atravessar, por conta de todas inesquecíveis vezes já vividas.
Não necessitamos de medo algum, mas de ousadia e graça. De vivermos como se fosse a primeira e última vez! Viver, apenas. É o que busco loucamente, desvairadamente, como os românticos do século dezenove, não preciso de racionalidade e pés no chão.
Chega dessas coisas, de medidas insólitas e da solidão que anda solta por aí. Podemos ser sozinhos, por escolha ou necessidade, mas não por obrigação. Temos tantos paraísos guardados dentro da gente que não sentimos falta de companhia, aliás, de qualquer companhia, para falar melhor.
Nosso interior é um exercício diário de descobertas. Podemos ser diversos mundos, vagar em nosso universo particular e gigante e divagar em nossas loucas escolhas. Podemos mais que isto. Podemos ser livres!
São nossas necessidades, desejos e expectativas que falam e nos movem para os lugares mais inesperados possíveis. Estamos sempre ou quase sempre dispostos para o estranho e desconhecido, e na maioria das vezes, ainda que relutamos, temos a nossa curiosidade que mata. “E se eu tivesse ido? E se eu tivesse feito como queria? Onde poderia estar?”, vamos lá, é ali que tudo pode estar guardado. Mais um passo e logo se aproxima a descoberta.
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