Aqui há uma imensidão - Patrícia Dantas

Aqui há uma imensidão

 

Nem sempre sabemos o que está pulando em nossas mãos. Saltando à nossa frente. Espera! É tudo uma história que precisamos contar de algo que sobrevive a nossa vida. Além de sermos também sobreviventes, há muita sobrevivência além do que pensamos. Há os pedintes que não imaginamos o grau, a quantidade exata de vida para uma dessas pessoas. O que importa muitas vezes é o menos tocante que continua lá, sem ao menos ser visto.

Parte de uma singela cena, do que é aparentemente real e com sensações provocantes – que existem e se provam, necessitam sobretudo do real – é muito mais do olhar que registra. Alguém deve estar lá para sentir a imensidão.

É na imensidão que move pedras dentro da gente que se esconde o poder tentador de nos ultrapassar, rasgar e nos cortar pelo que está às escondidas, mas que deve ser muito bom (no contato com as sensações (é que tudo é a descoberta!)), pois provoca uma angústia doce e ao mesmo tempo adstringente. Mas essa imensidão nem sempre é bem vinda ou necessária, nem sempre está nos guiando por bons caminhos, pois nem sabemos quanto instigantes somos dentro da gente, para o bem ou para o mal.

Pode ser muito subjetivo, e de fato é, construir um texto cheio de abstrações, de pura imaginação, recortando o que possivelmente está dentro de alguém, mesmo latente, mas está, é só questão de descobrir. Contar universos particulares é como uma viagem guiada por um destino que diz: não existem regras, apenas viva o que se pode ser nesta vida. Não há medo que resista à tentação de uma vida. E assim vale para tudo, até para qualquer monumento que pese mais que a gente.

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