Cálice de corpos
A realidade formosa dos amantes
Se banha na beleza sensível nua
Passeia a cavalo na escuridão da alcova
Como rios se perdem na floresta em silêncio
Borra com tinta vermelha lençóis brancos
No cálice dos corpos cambaleia o vinho
Entreaberta a carne se confundem
Ascende a aurora de dois mundos
Jogam cambalhota no escuro
No sublime triunfo fecundo
Dois lábios sussurram; Shakespeare,
Victor Hugo,
Num quadro de Rimbaud, dormem profundo.