CELSO GODOI NETO - ENTREVISTADO

CELSO GODOI NETO - ENTREVISTADO

Entrevista com o escritor Celso Godoi Neto

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

 

 Celso Godoi Neto, brasileiro, casado com CARMEN REGINA MARTINS FERREIRA GODOI, professor, natural de Cruzeiro d’Oeste/PR, nascido aos 22 de abril de 1.976, reside em Porto União/SC, cidade irmã de União da Vitória/PR, onde leciona.

Exerce a profissão de professor nas disciplinas de Língua Portuguesa e Língua Inglesa, junto à Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Em seu currículo constam projetos de teatro, música e poesia.

 

“O próprio fazer poético exprime muito bem o que é esta vida, pois sempre estamos presos a algo e por melhor que você seja nunca se sabe se é bom de verdade.”

 

Boa leitura!

 

Escritor Celso Godoi Neto, é um prazer contarmos com a sua participação na revista Divulga Escritor. Conte-nos, como se deu o início e desenvolvimento da escrita em sua carreira literária?

Celso Godoi - Sempre me destaquei nas minhas redações, na 3ª série minha redação foi escolhida para eu ler ao Bispo em visita ao nosso colégio. Na 5ª série, em dois trabalhos de contos, os meus foram “contemplados” pela professora e eram disputados para leitura, enquanto os da classe eram curtinhos e escritos a mão os meus eram 10 páginas mais ou menos datilografadas pela minha irmã mais velha, que sempre me incentivou. Mais tarde, com 14 anos, comecei a escrever poesias pela influência do Renato Russo e nunca mais parei... guardo até hoje meus cadernos e as digitei para não correr o risco de as perder.

 

Você tem um livro que foi vencedor do concurso Lei Aldir Blanc, Outras Palavras, Estado do Paraná. Apresente-nos a obra, descrevendo as temáticas abordadas em seus versos.

AMANHÃ ,TALVEZ, FARÁ SOL (a vírgula é separada da palavra propositalmente) possui 60 poemas e é dividido em três partes: A IDA, A PARTIDA, A VOLTA. Canta a história de amor entre Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa, com minha bisavó Ida. Separados pela 1ª Guerra Mundial, Ida é forçada pelo marido a fugir para o Brasil e deixa Caeiro em Portugal, que morre de amor. O esposo adoece no navio e falece enquanto Ida ainda está grávida. Aqui, ela vem para o Paraná mas abandona o filho (meu avô), deixando com a parteira e volta ao Rio de Janeiro para tentar voltar a Portugal mas não consegue. Só e sem dinheiro, ela se prostitui e uma noite ao atender um cliente é assassinada nas pedras do arpoador. Esta é a história linear que alia ficção e realidade em seus versos – a parte de minha bisavó é quase toda verdadeira. (rsrsrsrs)

 

O que mais o atrai nos textos poéticos?

Celso Godoi - A sensação de “liberdade” e “eternidade” perante uma vida efêmera, transitória e cheia de percalços. O próprio fazer poético exprime muito bem o que é esta vida, pois sempre estamos presos a algo e por melhor que você seja nunca se sabe se é bom de verdade. Creio que com a poesia, assim como na vida, estamos sempre travando um jogo contra o mundo, contra os outros e contra você mesmo, principalmente, e neste jogo não haverá vencedores.

 

Além de “Amanhã, Talvez, Fará Sol” você já tem publicado outros livros físicos e em ebook. Apresente-nos os livros publicados.

Físicos

Às margens do rio sem nome – é um romance e narra a história de um poeta que vira-se contra a poesia e chega às raias da loucura nas idas e vindas, altos e baixos de uma sociedade mesquinha, hipócrita e “certinha”. O livro é um bom exercício de reflexão sobre o eu e o outro, tanto que foi “censurado” na minha cidade.

 

O Cão – poesias. O cão é uma alegoria interessante ao que se refere à fidelidade e ao companheirismo. Os poemas transitam por esta linha, com vários latidos para quem não se confia, a priori.

 

Proibido Para Maiores de 21 – poesias. Separei todos os meus poemas em etapas da minha vida e este inaugura a série POESIAS DE MEIA, juntando os poemas dos 17 aos 21 anos. Basicamente é quando passo para vida adulta, uma vez que minha namorada engravidou quando eu tinha 17 e casamos quando possuía 21 anos de idade. Marca uma poesia ingênua mas rica e bem elaborada.

 

E-book

Ipsis Litteris – romance. Conta a trajetória de um casal da crise à pós-separação e em como a mulher cresce e o homem torna-se refém dele mesmo. Uma análise sobre a inversão de papéis e valores causada pelo divórcio.

 

Eu Não Morri Aos 27 – poesias. É o segundo livro da série POESIAS DE MEIA e seleciona os poemas dos 21 aos 27 anos de idade. Neste livro os poemas estão mais ácidos e tateando uma nova poesia, de cunho musical dialoga com a ilustração dos poetas que morreram aos vinte e sete anos e com os outros estilos musicais como o jazz, o blues e o clássico. Ao ler os poemas imagine-se no concerto das respectivas canções.

 

Depois do Amanhãser – poesias. É o terceiro livro da série POESIAS DE MEIA e seleciona os poemas entre os 27 e 30 anos de idade. Aqui eis a nova fase da vida (nascimento da minha filha) e da poesia, com inovações entre cacófatos e neologismos como no título. Os poemas trazem em si a própria reinvenção que devemos dar também na praticidade do cotidiano.

 

Contos de Fados, Fardos e Fatos – poesias (postei hoje). É o quarto livro da série POESIAS DE MEIA, que encerrará aos quarenta anos no quinto livro. Este é um livro que trás versos mais simples mas não menos profundos e suas reflexões marcam a idade com que foram feitas as poesias – entre 30 e 35 anos – traduzindo a valorização do simplório.

 

Onde podemos comprar os seus livros?

Celso Godoi - Os livros físicos somente o PROIBIDO PARA MAIORES DE 21 você encontra da loja UICLAP https://loja.uiclap.com/titulo/ua5135/. Os demais junto a este encontram-se os e-books no site da AMAZON

https://www.amazon.com.br/s?k=celso+godoi+neto e da HOTMART, o qual estou finalizando as postagens.

 

Quais os seus próximos projetos literários?

Celso Godoi - Tenho vários livros prontos mas os mais próximos é “A VC”, um livro de poemas que marca um período muito difícil em minha vida que é um AVC hemorrágico que sofri setembro passado e ainda estou me recuperando (meu lado direito está cochilando ainda). O outro é um livro  de contos que juntam alguns romances iniciados que não decolaram mas que dão bons contos, meio estilo Hemingway.

 

Quais os seus principais objetivos a serem alcançados por meio da escrita.

Celso Godoi - A minha escrita irá onde ela tiver que ir, no mais, permanece no meu coração.

 

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Celso Godoi Neto. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Celso Godoi - A humanidade é pequenininininha demais para termos tantas e tamanhas certezas:

 

 

 

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