Codigo do Ser - por Tito Laraya

CÓDIGO DO SER

 

No meu convite de formatura existe a Declaração dos Direitos do Homem, uma beleza!

Segundo esta carta magna todo ser humano vivo neste planeta tem direito a todos os direitos ali escritos, segundo esta todos os direitos serão protegidos, e o Homem será em si na sua plenitude.

Eu sou Homem, advogado e defendo esses direitos por profissão e sacerdócio, mas como ser humano sabe que os direitos que afligem ao cidadão jamais foram escritos em carta magna alguma.

Visto esta brilhante exposição de motivos, resolvi escrever o CÓDIGO DO SER!

 

Todo homem tem direito a amar, de forma livre constante e sincera, sob pena de que se não o fizer, se embrutecerá e não mais será humano.

 

Todo homem tem direito a questionar, a si, ao mundo, a tudo, se este direito for violado, perde-se o livre arbítrio, e o homem jamais será ele mesmo.

 

Todo homem tem direito de chorar, de alegria, de tristeza, de emoção...

A inobservância deste direito levará o ser humano à tristeza de não saber chorar.

 

Todo homem tem direito a sorrir, do mundo, de si, da vida, de seu semelhante...

A falta disto o tornará maçante.

 

Todo homem tem direito a acreditar, se não o fizer tornar-se-á angustiado.

 

Todo homem tem direito a ter dúvidas, de si, dos outros, de tudo...

Se este não souber duvidar, jamais saberá acreditar.

 

Todo homem tem direito a errar, pois o reconhecimento disto lhe trará paz.

 

Todo homem tem direito a sonhar; pois sem isto a vida perde o encanto.

 

Todo homem tem direito a se contradizer, para que possa achar o melhor caminho para a felicidade.

 

Todo homem tem direito a se revoltar, pois sem isto se abafa parte de si.

 

Todo homem tem direito a sofrer em paz, pois a dor do sofrimento de hoje, constrói a alegria do amanhã.

 

Todo homem tem direito a ter medo, por que se o tem do desconhecido, e a falta deste implica na ilusão da onisciência.

 

Todo homem tem direito a perdoar, a si, aos outros, ao mundo, pois se não puder perdoar, não poderá ser perdoado.

 

Todo homem tem direito a falar, de suas virtudes, seus defeitos, de si, enfim, com sinceridade. A falta deste direito levará a incompreensão de si.

 

Todo homem tem direito a ter fome e sede, de amar, de viver e de conhecer, e a falta disto o levará a morte.

 

Todo homem tem direito a compreender, a si, aos outros, ao mundo, se tal direito for usurpado, será infeliz.

 

Todo homem tem direito a ser feliz, e para tanto se faz mister, que os direitos explícitos nesta carta não sejam violados.

 

Todo homem tem direito a ter paz, e para tanto é necessário: “O reconhecimento de seus direitos e de seu semelhante”.

 

 

 

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