Comunicação: via de mão dupla - por Isi Golfetto

Comunicação: via de mão dupla - por Isi Golfetto
Comunicação: via de mão dupla.
 
“Comunicação é sempre uma via de mão dupla. O problema é que parece que sempre estamos na contramão." Antonio Francisco
"Ouvir implica em uma entrega ao outro, uma diluição no outro.” Artur da Távola
 
Diálogo ou Monólogo Simultâneo? Por Isi Golfetto
 
Alguma vez você teve a impressão de estar falando com as paredes? Qual a sensação? Tem coisa pior? O que me diz das conversas ou diálogos que mais parecem monólogos simultâneos?
Paulo Alberto de Barros (ou Artur da Távola) jornalista e escritor brasileiro, observador da comunicação humana, destacou doze pontos que apontam as principais dificuldades de as pessoas ouvirem exatamente o que a outra está falando. Segundo ele, há uma interferência na recepção daquilo que o outro fala. Como ocorre? Simples: o hábito de pensar, avaliar, julgar e analisar tudo enquanto o outro está falando.
Sendo assim, para ouvir é necessário limpar a mente de todos os ruídos e interferências causados pelo próprio pensamento durante a fala alheia. O estudo apontou que:
 
1. Em geral o individuo não ouve o que o outro fala: ele ouve o que o outro não diz.
2. O individuo não ouve o que o outro fala: ele ouve o que quer ouvir.
3. O individuo não ouve o que o outro fala: ele ouve o que já escutara antes e coloca o que o outro está falando naquilo que se acostumou a ouvir.
4. O individuo não ouve o que o outro fala: ele ouve o que imagina que o outro ia falar.
5. Numa discussão, em geral, os discutidores não ouvem o que o outro está falando: eles só ouvem o que estão pensando em dizer a seguir.
6. O individuo não ouve o que o outro fala: ele ouve o que gostaria de ouvir que o outro dissesse.
7. A pessoa não ouve o que a outra fala: ela ouve o que está sentindo.
8. A pessoa não ouve o que a outra fala: ela ouve o que já pensava a respeito daquilo que a outra está falando.
9. A pessoa não ouve o que a outra está falando: ela retira da fala da outra apenas as partes que tenham a ver com ela que a emocionem, agradem ou prejudiquem.
10. A pessoa não ouve o que a outra está falando: ouve o que confirma ou rejeita o seu próprio pensamento. Vale dizer, ela transforma o que a outra está falando em objeto de concordância ou discordância.
Alguém disse: “Ninguém concorda com a opinião do próximo. Concordamos apenas com as nossas próprias opiniões expressas por outras pessoas.”
11. A pessoa não ouve o que a outra está falando: ouve o que possa se adaptar ao impulso de amor, raiva ou ódio que já sentia pela outra.
12. A pessoa não ouve o que a outra fala: ouve da fala dela apenas aqueles pontos que possam fazer sentido para as ideias e pontos de vista que no momento a estejam influenciando ou tocando mais diretamente.
 
Conclusão: a interferência no ato de ouvir nada mais é que um mecanismo de defesa. Há pessoas que se defendem de ouvir o que o outro está dizendo, por verdadeiro pavor inconsciente. Elas precisam "não ouvir" porque "não ouvindo" livram-se de retificar os próprios pontos de vista, de aceitar verdades e realidades diferentes das próprias, e assim por diante.
Ouvir é um grande desafio. Desafio de abertura interior, de impulso na direção do próximo, de comunhão com ele, de aceitação de como o outro é e como pensa.
Ouvir é proeza. Ouvir é raridade. Ouvir é um ato de sabedoria. 
Segundo Voltaire ouvir é o caminho mais curto para o coração.
Depois que a pessoa aprende a ouvir ela passa a fazer descobertas incríveis escondidas ou patentes em tudo o que o outro está dizendo.
A comunicação eficaz é um estudo muito amplo e que gera grandes transformações em si mesmo e no outro. Estabelecer essa comunicação eficiente para ser bem-sucedido em seus relacionamentos pessoais e na sua vida profissional depende de um aperfeiçoamento contínuo. É isso que propomos. Vamos juntos?
Um abraço e até breve.
Isi
 
 
Página da colunista Isi Golfetto
 
 

 

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