Delirio - por Elair Cabral

Delirio - por Elair Cabral

DELÍRIO

 

Caiu a noite...

Como pedra a rolar colina abaixo,

 dilacerando a moldura das encostas 

aninhando-se em chão ermo cabisbaixo

O Crepúsculo escondeu-se no cinza da tarde

Desencorajado a assistir a derrocada? Melhor fugir...

A intuição previa a morte...  Desenlace do existir

Presa no horizonte do desespero, escuridão,

 Alienação na ausência da luz, ilusão...

Apenas um simples raio a penetrar nas trevas

 Pelo candelabro de cristal que o destino eleva

 Acalentaria esse desassossego medonho     

Como exprimir em palavras o anoitecer de um sonho?

O olhar perdido no vazio era mais que um delírio

Loucura ou sanidade... Saiu dos trilhos?

 A lua nem tomou conhecimento da desilusão

Silenciosa seguiu a vagar pelo céu, solidão

 Envaidecida a se admirar no espelho do mar

  Narciso a reverenciar...

 Então, suplicou a sabedoria de Nereu  que não quis ajudar

Derramou suas mágoas pela areia da praia, pelas madrugadas

Lavou a alma, no chuveiro que soluçava em lágrimas derramadas

Lágrimas que desciam os escombros do templo em ruínas

 Partenon  da orgulhosa Atena, Deusa das artes , ensina

 Como cobrir de limbo as pedras, dissipar a dor

 Trazer os sonhos de volta reverenciar o amor!

Efeito Martha Mitchell, descrença...

Watergate veio a tona... Recompensa...

 

Elair Cabral

17/02/14

Publicado em 16/05/2014

 

 

 

 

 

 

 

 

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