FIO DE SONHOS
A noite trepidava em
breu involuntário...
As estrelas...
Sim, as estrelas, tímidas,
mal cintilavam,
num amarelo desbotado, travado...
Talvez a pedir um tempo ao respirar
ofegante e podre...
Prenúncio de queda em ignota psiquê...
Agarrada a frágeis promessas,
a crença, dilacerada, sustentava um único
fio!
Sufocava com o açoite do vento
uivante, em horror, sem tréguas..
Negros flocos de nuvens carregadas,
empurradas a força,
misturadas às lágrimas,
projetavam espectros
de sonhos...
O fundo seria a rota...
Não haveria como afundar mais...
O fio...
Melindrosa subida!
O ar há de esperar na saída!