Guss de Lucca - Entrevistado

Guss de Lucca - Entrevistado

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

O jornalista e historiador Guss de Lucca sempre soube que contar histórias era seu destino. Desde criança seus melhores amigos eram lápis e papel. Depois, na adolescência, ele descobriu os jogos de RPG (role-playing games) e passou a criar mundos, personagens e tramas para entreter os amigos.

Apesar de ter escrito seu primeiro livro, o infantil “S.O.S. Cupinzeiro”, aos dez anos, foi só depois da faculdade de jornalismo que se arriscou como romancista. Guss escreveu dois livros, e como muitos autores iniciantes, enviou os manuscritos para diversas editoras. As poucas respostas não passavam de negativas com textos genéricos.

Desanimado, ele só voltou para a literatura anos mais tarde, convencido por amigos de que deveria apostar no seu talento e montar uma campanha de financiamento coletivo. Dela surgiu o suspense de fantasia “O Monstro”, livro voltado ao público adolescente e cuja trama foge de clichês comuns ao gênero.

 

“Seus protagonistas não são aventureiros, magos ou predestinados; o mundo não é habitado por criaturas fantásticas como elfos, orcs, gigantes e demônios; e a história é fechada, não fazendo parte de uma trilogia ou saga.”

 

Boa leitura!

 

Escritor Guss de Lucca, é um prazer contarmos com a sua participação na Revista Divulga Escritor. Conte-nos, o que o motivou a escrever “O Monstro”?

Guss de Lucca - Quando decidi escrever outro livro, mas agora com a certeza de que iria autopublicá-lo, peguei a lista de histórias que carrego comigo e fiquei um tempo pensando qual das oito deveria ser a primeira. “O Monstro” era a única trama de fantasia. E ela tinha algumas qualidades que combinavam com o momento.

O gênero estava em alta, a proposta fugia de muitos clichês e, acima de tudo, era uma forma de entrar em contato com o meu passado nerd (sim, na minha época não existiam geeks) e agradecer pelos anos de alegria que as histórias de fantasia me proporcionaram.

 

Apresente-nos a obra.

Guss de Lucca - “O Monstro” conta a história de três jovens agricultores, pessoas bem pobres, cujo maior bem são os próprios sonhos. Suas rotinas mudam após algumas mortes ocorrerem nos arredores da vila onde vivem. Sem pistas sobre quem ou o que teria desmembrado animais e pessoas, a autoridade real oferece uma recompensa pela captura da assim chamada “criatura”.

Instigados pela possibilidade de realizar seus objetivos, os adolescentes unem forças para capturar o tal monstro que aterroriza a floresta local, mesmo sem os atributos tidos como necessários para a realização desse desafio.

 

O interessante, para quem gosta e consome obras de fantasia, é que “O Monstro” foge de certos consensos do gênero. Seus protagonistas não são aventureiros, magos ou predestinados; o mundo não é habitado por criaturas fantásticas como elfos, orcs, gigantes e demônios; e a história é fechada, não fazendo parte de uma trilogia ou saga.

 

Quais os principais personagens que compõem o enredo de “O Monstro”?

Guss de Lucca - O livro tem três protagonistas unidos por um incidente. Augustus, o filho de um plantador de batatas, tem talento para escultura e sonha integrar a Academia de Artes Real, restrita à nobreza. Porém, ele teve a mão mutilada na infância como punição por esculpir um busto proibido.

Milenna, sua prima, trabalha para o pai, um criador de javalis que a maltrata por preferir ter tido um filho homem. Seu sonho é juntar-se ao exército real e deixar a vila onde mora para sempre. O problema é que mulheres não são aceitas pelos militares.

Já Fabia, a filha do guardião local, que é o nobre designado pelo rei para administrar um conjunto de terras, tenta provar ao pai que pode substituir o irmão mais velho, morto na guerra, como herdeira da família.

 

Como foi a escolha dos nomes para os principais personagens?

Guss de Lucca - Uma das minhas ideias foi não usar nomes anglo-saxões. Como a vila onde a ação se desenvolve integra um reino que pertenceu a uma lendária civilização, já extinta, seus habitantes têm por hábito adotar nomes do passado, baseados em nomes romanos.

 

Quais os principais desafios para escrita da obra?

Guss de Lucca - Manter a disciplina da escrita diária, quando me encontro cercado por outros afazeres, que vão desde a produção de textos jornalísticos até ter que ir ao mercado ou passar roupa, foi e ainda é um dilema.

 

E qual foi a maior descoberta encontrada no processo de autopublicação?

Guss de Lucca - Assim que optei pela autopublicação, decidi estudar para saber como as editoras criam seus livros. E após um curso de produção editorial da Universidade do Livro (UNESP), decidi adotar o rigor desse processo.

Contei com a ajuda de uma preparadora de texto, uma diagramadora/designer e uma revisora de texto. Durante meses, todas contribuíram muito para que o produto final ficasse excelente.

Por isso, decidi creditar, com foto e nome, todos os envolvidos na segunda orelha do livro, onde habitualmente vemos apenas uma foto do autor e pensamos que o cara é um gênio por fazer tudo sozinho.

 

Qual o momento, enquanto escrevia o enredo, que mais o marcou? Comente.

Guss de Lucca - É difícil falar sobre isso sem adiantar uma parte importante da trama, mas posso dizer que entre todos os personagens, principais e secundários, havia um preferido – ou uma preferida. E ver essa pessoa sofrer como sofreu me partiu o coração.

 

Onde podemos comprar seu livro?

Guss de Lucca - A versão em papel pode ser adquirida diretamente comigo pelo meu site: https://gussdelucca.com.br/livros.html . Já a versão digital está à venda na Amazon: www.amazon.com.br/dp/B078P5PWFB/

 

Apresente-nos seus próximos projetos.

Guss de Lucca - No momento desta entrevista o curta-metragem “Passagem”, cujo roteiro é meu, está em fase de finalização. Já na literatura, comecei a escrever meu segundo livro, o romance de vingança “Cor-de-Rosa”.

Nele, uma adolescente, a duas semanas de sua tão esperada festa de debutante, vê o mundo cair e decide fazer todos que julga responsáveis pela sua infelicidade pagarem caro.

 

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Guss de Lucca. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Guss de Lucca - “O Monstro” foi a maneira que encontrei de contribuir com o gênero que me acompanhou na adolescência. Eu jamais o faria se não acreditasse estar apresentando uma história diferente, pois acho que o leitor ávido por um tema sempre busca outras abordagens dentro desse estilo. Espero que entusiastas da fantasia se divirtam com este livro.

 

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