Itárcio Ferreira
Nasceu em Carpina, cidade da zona da mata de Pernambuco, em 1962.
Com um ano de idade a poliomielite o abraçou como uma camisa de força a um louco, deixando seqüelas no seu corpo e na sua alma, mas também matéria para a poesia.
Publicou seu primeiro livro de poemas em 1983 – “Se Não Canto, Pelo Menos Grito”.
Também escreve contos e teve um livro editado em 1981 – “A Construção e Outros Contos”. Em 2002 gravou um CD – “Maracatu Prá Ela” – via Sistema de Incentivo à Cultura do Estado (FUNCULTURA).
Em breve estreará um canal de música no YOUTUBE onde interpretará canções autorais.
Está lançando agora “Toda Colheita” com toda sua produção de poemas escritos desde 1979 até o final de 2015, seis livros em um só volume.
O FRUTO
O poema caiu de mim-árvore,
madurado,
na época certa da colheita.
Tinha no gosto
o acre de alguns momentos
de desencanto e tédio,
e o doce açúcar de outros,
como um beijo
na boca da amada
ou um amanhecer cor de fogo
com uma leve brisa
que tudo anuncia.
Havia ainda
a leve embriaguez
do álcool ou do sexo.
Ofereço-vos este fruto.
Que a sua polpa dê forças
ao vosso corpo
e suas sementes,
após secas e plantadas,
floresçam,
e que, enfim, a beleza
faça parte de vosso pomar.
Poema Acolhimento
A poesia está para Itárcio como a música, talento assim distribuído em poemas de amor, de conflitos existenciais, amor ao próximo, contra todo tipo de preconceito, humanidade e o carinho pela natureza. Enfim Itárcio Ferreira.
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Luis Eduardo Garcia Aguiar
Escritor – Jornalista – Diretor de Comunicação da UBE
DRT 6006/PE