Miguel Pinheiro - Entrevistado

Miguel Pinheiro - Entrevistado

Shirley M. Cavalcante (SMC)

 

Miguel Pinheiro nasceu em Lisboa em 1977 e vive em Torres Novas desde 2010. Estudou Engenharia das Telecomunicações, mas acabou por se licenciar em Informática e Gestão de Empresas. Sempre teve uma forte ligação com as artes, seja como artista, seja como apreciador. A música é uma enorme paixão. Aprendeu a tocar diversos instrumentos musicais, faz produção musical como passatempo e, no momento, desempenha o papel de percussionista num grupo de inspiração tradicional ibero-latina. Também faz teatro, pertencendo a um grupo de teatro amador do local onde vive no momento.

Desde tenra idade que o gosto pela literatura está bem presente na sua vida, iniciando-se na escrita com a criação de poemas para composições musicais. Rapidamente começou a escrever poesia frequentemente. A sua paixão pela escrita não se resume apenas à poesia; no entanto, ainda não publicou nenhum trabalho noutros campos da literatura.

 

“O livro apresenta reflexões, pensamentos, questões, dúvidas sobre qual é o sentido da vida e sobre certas problemáticas e ideologias das sociedades do nosso mundo, tudo isto em poesia.”

 

Boa Leitura!

 

Escritor Miguel Pinheiro, é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor. Conte-nos o que mais o encanta na arte literária?

Miguel Pinheiro - O que mais me encanta na arte literária é a possibilidade de se usar as palavras para exprimir sentimentos, ideologias, criar mundos, paisagens e, com elas, podermos divagar, imaginar, viajar… É uma arte bastante enriquecedora, tanto para quem a produz como para quem a consome, capaz de nos abrir a mente, moldar a nossa própria personalidade. Por outro lado, a literatura é um testemunho de quem somos, que perdura ao longo dos tempos.

 

Em que momento se sentiu preparado para publicar “Fragmentos da Reflexão”?

Miguel Pinheiro - Ser escritor é um sonho que me acompanha desde muito jovem e ao longo dos anos sempre fui escrevendo. A ideia de publicar este livro surgiu quando, quase por acaso, ao ler alguns poemas que havia escrito havia vários anos, verifiquei que, juntos, poderiam contar uma viagem, uma viagem pelos pensamentos, pelas dúvidas e questões que se nos deparam no percurso da vida. Nessa altura pensei que poderia ser interessante divulgá-los, porque embora sendo reflexões minhas, poderiam inspirar outras pessoas, poderiam sensibilizar de alguma forma, despertar sentimentos e sensações e, em última instância, entreter. Complementei-os com outros escritos mais recentes, organizei-os e nasceu o conceito.

 

Quais temáticas estão sendo abordadas nesta obra?

Miguel Pinheiro - O livro apresenta reflexões, pensamentos, questões, dúvidas sobre qual é o sentido da vida e sobre certas problemáticas e ideologias das sociedades do nosso mundo, tudo isto em poesia. Representa uma viagem de um ser na busca da verdade universal, partindo dos seus sentimentos mais interiores, sonhos e devaneios para os seus sentimentos relacionados com o exterior que o envolve. Aborda temas como o sentido da vida, os sonhos, os prazeres, a guerra, o sofrimento, a religião, a exclusão social, a inferiorização da mulher, a cultura, entre outros.

 

Como foi a seleção dos textos para compor o livro?

Miguel Pinheiro - A seleção foi bastante natural, quase automática. Fui agrupando os poemas por temas, e a evolução da viagem foi-se construindo.

 

Quais critérios foram utilizados para escolha do título?

Miguel Pinheiro - O título representa o que podemos encontrar no livro. São poemas que se caracterizam por serem reflexões e, tendo em conta que foram escritos em momentos bastante distintos no tempo, ao longo dos anos, acabam por ser fragmentos. Podem ser lidos individualmente, e cada um completa-se a ele próprio, no entanto todos juntos formam o conceito, dando a sensação de algo contínuo.

 

O que mais o atrai em “Fragmentos da Reflexão”?

Miguel Pinheiro - Sou amante de poesia, e o que me atrai mais neste livro é o facto de dar ao leitor a possibilidade de refletir sobre o mundo real, sobre problemáticas do mundo contemporâneo, sentimentos humanos, sensações, questões e dúvidas existenciais, de uma forma poética, quase fantástica. Para além disso, como é característico na poesia, há espaço para uma livre interpretação das palavras por parte do leitor.

 

Apresente-nos um dos textos publicados nesta obra literária.

Miguel Pinheiro - De onde vêm estas palavras?

Ainda não vi nada, ou talvez nem me lembre

Serão fragmentos de vidas ausentes,

Ou criações de ilusões presentes?

Para onde irão depois?

 

De onde vêm os sonhos?

Impávidas alucinações de lugares esquecidos

Serão fragmentos de momentos vividos,

Ou visões de um estado semelhante?

Para onde irão depois?

 

Um turbilhão de sentidos

Desordenados no espaço e no tempo

Impõem a sua presença em tal momento

E depois vão… E depois vêm…

Esquivam-se e permanecem

Marcam e desaparecem…

E para onde irão depois?

 

Onde podemos comprar o seu livro?

Miguel Pinheiro - O livro pode ser adquirido online nos sites:

 

https://www.chiadoeditora.com (versão em papel e e-book)

https://www.wook.pt

https://www.bertrand.pt

 

Ou, em Portugal, em diversas livrarias tradicionais.

 

Além de escritor, você é músico. Conte-nos sobre o grupo de música a que pertence. Quem desejar conhecer um pouco mais sobre o Miguel Pinheiro percussionista, como deve fazer?

Miguel Pinheiro - O nome do grupo é La Fontinha e inspiramo-nos em músicas de tradição ibero-latina. Somos um grupo de amigos que se junta por amor à música. Eu fui o último a integrar a formação, ficando responsável pelas percussões. Poderão encontrar mais relativamente a este projeto e a outros meus trabalhos musicais na página do Facebook https://www.facebook.com/lgim77 ou em https://lgim77.blogspot.pt . Para mim, além de um hobby, a música é uma paixão.

 

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Miguel Pinheiro. Agradecemos sua participação na Revista Divulga Escritor. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Miguel Pinheiro - Que não vivam apenas, que se sintam realmente vivos, que não desistam de viver e que encontrem a força nos sonhos, nos desejos, nos livros, nas artes, no que nos rodeia e mesmo nas dificuldades que se deparam no percurso por este mundo, o qual chamamos vida.

 

 

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