Momentos pós-chuva
Um dia desses, pela manhã, quando a chuva cessou, fui fazer caminhada, e encontrei coisas que a gente só encontra em momentos pós-chuva.
Pude me deleitar com os sons agradáveis de minhas pisadas na grama molhada. E por falar em sons, além dos costumeiros cantos das aves, difundiam-se pelo ar diferentes chamados de anfíbios. Esses animais permaneciam ocultos aos olhos, mas não aos ouvidos.
Ao observar bem o solo, notei a presença de diversos fungos, a maioria com formato de guarda-sol. Insetos de diferentes tamanhos, transitavam apressados de um lado para outro.
O aroma que se desprendia da grama, das árvores, das flores e do solo molhado, unia-se em um mix de informação sensorial que pareceu muito agradável à área olfativa de meu córtex cerebral.
Não podia me demorar muito. Em casa havia boquinhas famintas a minha espera.
Pelo caminho de volta ia pensando no desejo que tenho de compartilhar as maravilhas da natureza com meus amigos, familiares, conhecidos e desconhecidos. Fiquei pensando no desejo que tenho de motivar os humanos a serem apaixonados observadores da natureza, pessoas que cultivam o hábito de se encantar com as belezas do mundo natural, que estão diariamente diante de seus olhos e elas não dão a menor importância. Foi pensando nisso que, ao chegar em casa, escrevi:
Que todas as manhãs você receba o abraço do sol.
Que a suave canção da chuva lhe conceda bons sonhos à noite.
Que as cores, formas e sons da natureza sejam a inspiração para sua jornada e que cada dia traga novas oportunidades de desfrutar plenamente o que há de melhor no Planeta Terra.
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