MORTE DO AMOR
O som da voz dos deuses não parava
Uníssonas, vibrantes e fortes...
Minha mente não suportava
Então era assim a morte?
Quanto silencio... Louca canção!
E os deuses não paravam de cantar
Inerte estava meu coração
Recusava-me a acreditar
E a música continuava... Em mim calava
A escuridão em triste breu
O som, agora gritava...
E eu ali... Por que eu?
A canoa descia, rumo ao nada
Espectro de um imenso vazio
Gemia e me sufocava
Silêncio... A morte é isso?
Deuses... Cadê seus gritos
Esvaíram sem anúncio...
Sem veredicto
A morte é silêncio?
A canoa aportou...
Consenso!
Morte do amor...
Elair Cabral
16/05/14