No Balanço das Amoreiras
( Lorena Zago)
A tarde desvela-se calma e serena,
Sombras das amoreiras espelham-se,
Nas águas plácidas do rio.
Pequenos cardumes de peixes
Anunciam-se saltitantes,
O contexto emana harmonia,
Contracenando com os raios solares,
Que constituem um colorido,
Energético, mágico, enigmático à natureza.
Tufos de vento entrelaçam-se com a brisa reinante,
Amoreiras desfilam suas folhas e frutos,
Emprestando elegância ao cenário.
Bailando por sobre as águas,
Com leveza e sapiência,
Envolvem-se graciosamente os vegetais,
Que se desprendem das margens do rio.
Ornamentam e acompanham sem restrições,
A ordem natural das águas a seguir seu caminho.
Nem o vento, nem o tempo, nem o dia e nem a noite,
Conseguem desvirtuar o curso natural das águas correntes.
O balanço das amoreiras,
Integra-se à harmonia misteriosa,
E solidariza-se aos elementos geográficos,
Que compartilham elegantemente os desafios.