O homem que sabia curar - por Geraldo Medeiros Jr.

O homem que sabia curar - por Geraldo Medeiros Jr.

O homem que sabia curar

Autor: Realfan

 

Fabrício Nogueira, um rapaz simples do interior, macilento, de olhos escuros como a noite, de nariz fino e filho de pais separados. Apesar de levar uma vida simples, tornou-se conhecido em toda cidade pelo seu dom de curar.  Tudo começou quando tinha sete anos de idade. Costumava brincar sozinho no terreno baldio que ficava bem atrás da sua casa. No meio do terreno havia uma seringueira. Fabrício gostava de passar o tempo com seus brinquedos de madeira bem debaixo dela. Naquele dia, um final de tarde de verão, os passarinhos já começavam a se aninhar na copa da árvore quando, ao virar-se para alcançar um de seus carrinhos, o menino ouviu uma pancada surda. Olhou, olhou, até que se deparou com uma ave caída.

 

Era um sabiá. Estava morto. Fabrício receou diante daquele animalzinho imóvel, duro, com bico e asas abertos. Sem mas nem porquê, como que possuído por um instinto divino, mas ainda paralisado, o menino percebeu que suas mãos começaram a esquentar. Enrubesceram, pareciam inflamadas, e um impulso  incontrolável, o fez vencer o susto e apanhar o pássaro.

 

Fabrício segurou a ave com a mão esquerda e encostou a direita bem de leve sobre o peitinho do bicho. Fechou os olhos, suspirou profundamente e, de repente, o sabiá estremeceu, virou a cabeça de lá pra cá, abriu os olhos e piou bem alto. Fabrício assustou e largou-o. Antes mesmo de tocar o chão, bateu asas e voou para o topo da árvore. Ao ver o que havia feito, o menino, ainda bastante assustado, deixou seus brinquedos ali, espalhados, e aos tropeços correu para casa.

 

Durante todo o jantar, Fabrício permaneceu cabisbaixo. Sua mãe, Débora, indagou sobre o que havia acontecido. Fez-lhe um cafuné, tocou seu rostinho e inclinou levemente a cabeça para fitar-lhe nos olhos. Para aquela mãe sensível, não havia dúvidas, seu filho estava assustado.

 

- Quando você quiser compartilhar seus medos, estarei aqui para ouvi-lo e ajudá-lo. – Disse Débora carinhosa e pacientemente.

 

O tempo passou e numa bela manhã de domingo, a vovó de Fabrício, dona Rosa, apareceu para uma visita. Reclamava constantemente das dores nas costas e mãos. Sofria de artrite deformante.

 

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