Osso duro de Roer - por Mirian Menezes

Osso duro de Roer - por Mirian Menezes

OSSO DURO DE ROER...

MIRIAN MENEZES DE OLIVEIRA

 

Não há necessidade de consulta a uma enciclopédia, para constatar que um cachorro defende, com unhas e dentes, “seu osso”, na esperança de um filé, entretanto as alterações pelas quais tem passado o mundo, com certeza, são responsáveis por muitas mudanças de hábitos dos animais...

Sempre soube que a maioria das aves pertence à classe dos herbívoros, entretanto, não foi o que presenciei, quando degustava uma coxinha, na feira livre, num desses sábados! Um pedaço enorme de frango desfiado caiu no chão e foi, vorazmente, devorado por um pombo... em questão de segundos! Aves comendo irmãs?

Já vi gato caçando ratos por esporte, pois sua dieta preferida é ração! Pardais têm comido carboidratos com maior frequência... Experimente deixar farelos de pão no quintal e presenciará uma enorme briga entre os “pares” cinzentos. É muito comum, hoje em dia, visualizar pardais “obesos” (Dieta totalmente desequilibrada!)

Toda esta introdução, na verdade, não pretende efetivar estudos sobre a “cadeia alimentar”! Algumas pessoas odeiam esta expressão, mas utilizei-a, porque minha intenção é escrever crônicas e refletir sobre fatos do cotidiano. Vamos discorrer sobre um fato?

Em uma noite de sábado, na casa de mamãe, caminhei pelo quintal, para “caçar” fotografias. Não consegui a “foto do ano”, porque a cena me paralisou! Vi um pequeno vira-lata na rua, defendo um osso muito estranho. Tratava-se de um osso enorme, aparentemente, simétrico, mas que rendia uns bons centímetros. Se fosse “esticado”, talvez chegasse a um metro e meio. Não reconheci aquela espécie de osso e, quando preparei a máquina, para a “grande fotografia”, o cãozinho pôs-se a correr.

No outro dia, meu irmão chegou em casa de mamãe e contou que viu uma cena muito estranha à noite. “Um cachorro vira-lata portava um osso estranhíssimo e o agarrava com unhas e dentes”.

“Em que horário ocorreu a cena?” – perguntei.

Descobri, então, que o cão saiu arrastando o osso por alguns metros e chegou à porta da garagem da residência de meu mano.

Difícil decifrar o enigma!

Paciência! O negócio era esperar pelo bichinho, mais ou menos, no mesmo horário, nas 24 horas subsequentes, para tentar identificar a ossada. Não que isso fosse alterar nossa vida, mas a curiosidade era imensa!

Foi o que fiz! Aprontei a máquina e enorme foi minha alegria, ao ver, novamente, o cãozinho, com o osso misterioso na boca.

Disparei vários “cliques”, esquecendo-me, entretanto do flash. Perdi todas as fotos! Que pena!

Que pena?

Que pena, nada!

Se eu colocasse a verdadeira fotografia, como coadjuvante da crônica, não conseguiria tecer este enredo, que apresento agora a vocês, leitores!

Pasmem! O vira-lata não arrastava um osso, mas sim um pedaço de cano bem antigo, com uma torneira quebrada na ponta!

Piada? Lógico, que não!

Pura verdade!

Em tempo de racionamento de água, há cão carregando seu próprio cano, na esperança do líquido precioso! Tempos modernos!

Não acredita?

Pois digo que é a mais pura verdade!

Osso duro de roer!

 

 

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