"Noite alta, céu risonho; a quietude é quase um sonho..." E eu? Só!Todos dormem seus sonhos.Talvez sem sentido. Talvez pesadelos. Entretanto, dormem.E eu só!idoSó sob o teto luminoso da"chuva de prata" das estrelas brilhantes. O aroma das flores que plantei, reguei, podei e cuidei, recebem o beijo molhado do orvalho. A lua clara desenha a minha silhueta.
Me pego enternecida com a sabedoria e a grandeza de Quem tudo criou com grandiosa beleza. Tudo nEle é hiperbólico! É ilimitado! Faltam adjetivos para O descrever, para O qualificar.
Vejo a sombra das árvores refletida no gramado. É a primeira maravilha do mundo e me foi presenteada por Ele. Obrigada.
Eis que, de repente, embarco na nave, que passa e voo para um delineado horizonte distante, que se faz perto e recente, como se brincasse com os trocadilhos da mente, das lembranças e da vida.
À criança perdida, em meio a um turbilhão de perguntas sem respostas, restava-lhe a esperança de que os semestres letivos, passassem rápidos. Cada entardecer simbolizava um dia mais perto ou um dia a menos para as férias. Férias que a levariam ao encontro da alegria e do desfrutar de um período mágico ao lado de seus avós.
A casa humilde, as duas acácias - suportes de um banco de madeira, que as unia como elo de dependência - e, principalmente, os braços curtos da avó estendidos na a menina creceu,namorou,casou, teve filhos A ciranda levou-a outros caminhos. Contudo, suas lembranças, davam-lhe forças para seguir o giro da roda. Adulta, continuava medrosa, insegura e com perguntas caladas. Em público, escondia-se. Não queria ser vista, muito menos responder o que desconhecia. Parecia que o mundo conspirava contra si.