Pedaços Perdidos - por Helena Santos

Pedaços Perdidos - por Helena Santos

PEDAÇOS PERDIDOS

Saudade…

Às vezes enche-nos a alma
De uma melodia estranha e intensa
Que mesmo de olhos abertos
Nos transporta por completo
Àqueles momentos de pleno fascínio
Em que por mais que o tempo passe
Somos capazes de visualizar as gotas de suor
Sentir os dedos a deslizar pelo nosso corpo
Inalar um cheiro que só existiu naquele exacto momento
E atingir um grau de prazer
Que nos proporciona uma felicidade abismal
Possível pela força do amor e da esperança
Que se instala em nós
E nos leva à espera incessante de recuperar
A pessoa amada
É um sentimento saudável que acalma
Nos faz saltar da cama com um sorriso aberto
E brilho no olhar
Sinal de que tudo o que aconteceu valeu a pena
Ainda que tenha chegado ao fim
Porque deixou um gosto a mel
No corpo e na alma.

Outras vezes há, em que é puro inferno
E sobre o inferno não há muito a dizer
As lembranças são boas
Mas provocam uma vontade imensa de destruição
E rejeição de tudo que possa trazer felicidade
Porque a felicidade ficou associada ao passado
Ao que terminou ou que se perdeu
É uma saudade dolorosa, sofrida
Com mágoas, rancores, vinganças, tolerância zero
O amor, razão de viver, transformou-se em dor
É o tudo ou nada
Que carrega com as pessoas para o precipício
Perde-se a pessoa amada
Pensa-se que se perdeu a vida e age-se como tal

O amor é isso: ou nos mata, ou nos dá vida!

As pessoas são geridas por sentimentos e os sentimentos são complexos. Cada pessoa pinta o amor com a sua cor preferida. O importante, é, conseguir manter a cor mesmo que a pessoa amada deixe de partilhar connosco, a Vida.

 

 

 

 

 

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