PÉTALAS DE SEDUÇÃO
Pétalas vermelhas cobriam o chão daquele quarto iluminado por velas, uma música suave era melodia. Quando entrei, senti o ar quente e o aroma do teu perfume que pairava no ar. Tu estavas deitado sobre a cama.
Parei por um instante, olhei-te, via o desenho de teu corpo, delineei-o atentamente com um profundo olhar. Tuas exímias curvas e tua pele serena me seduziam.
Na tentativa de tocar-te, tua boca me traia, instigando-me a sentir teu sabor. Teus olhos olhavam-me cautelosamente, tua voz sussurrava desejos à minha mente insana. Teu corpo era uma alquimia, maré incontrolável de mistérios que furiosamente me atentava.
Lentamente, descalcei meus sapatos. Ao pisar naquelas pétalas, senti um pedaço do céu, flutuei como numa nuvem de algodão colorido e mágico. Sensação deliciosa de amar e ser amada. No calor do amor tu me chamavas, falando-me o quanto me desejavas, como um marujo em busca de um tesouro secreto e muito cobiçado.
Tu beijaste-me envolventemente, teus lábios tinham sabor de pêssego, senti o cheiro daquela pele macia que me envolvia, tua respiração juntava-se a minha, o calor emanava em nossos corpos que conversavam assiduamente. O delírio do desejo nos tornava em um único ser.
No jardim do amor, éramos eternos namorados com vigor de adolescentes que simplesmente amam no desejo secreto de amar. Na noite, éramos o brilho do luar que se sobressaia na escuridão que acalentava a brisa noturna e isso empolgava nossas mentes vulgares e em nossos corações inebriados de orgias.
Embriagados pela paixão envolvente e depravada, não conseguíamos ou não queríamos nos libertar daquele momento, pois ao nascer do sol com um brilho fulgurante de uma manhã de verão, nossa razão não permitiria ter esse mesmo sentimento.
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