Ricardo Correia - Entrevistado

Ricardo Correia - Entrevistado

por Shirley M. Cavalcante

 

Nascido no Rio de Janeiro, em 30 de julho de 1966, aos 7 anos de idade muda-se para João Pessoa, na Paraíba, onde passa a maior parte de sua vida. Atualmente reside em Brasília - DF.  É membro do SINDESCRITORES ( Sindicato dos Escritores do Distrito Federal) e da UBE -SP (União Brasileira de Escritores - São Paulo). Com vários livros na "gaveta" começa a libera-los para publicação no ano de 2012.

 

“Acredito que é no lidar com essa nossa “humanidade”, encará-la de frente, sem medo ou rejeição no lidar com seu lado mais sombrio, que possibilita, ao menos para mim, o ato da escrita.”

 

Boa Leitura!

 

SMC - Prezado escritor Ricardo Correia, é um prazer contarmos com a sua participação no projeto Divulga Escritor, conte-nos o que o motivou a ter gosto pela escrita?

Ricardo Correia - Primeiro, agradeço e expresso meu prazer em participar da entrevista. Entre meus 8 ou 9 anos de idade descobri o prazer da leitura. Desenvolvendo até mesmo uma compulsão pelo ato de ler. Lembro que, em determinado momento, acredito que aos meus 10 anos de idade, decidi, não imagino movido por qual ideia, que deveria ler um mínimo de 50 páginas por dia; e cumpri com essa decisão “maluca” até a idade de 14 anos. Ainda aos dez anos, tentei escrever um texto longo, dedicava-me, nessa época, a escrita de inúmeros poemas, mas descubro-me sem o estofo necessário, para tanto; vindo retornar a tentativa quando de meus 16 anos.

 

SMC - Que temas você aborda em seus textos poéticos?

Ricardo Correia - Meus poemas, assim como a prosa, direcionam-se, quase exclusivamente, as mulheres. Mas, também, são os medos, angústias…a fragilidade humana, crua, na qual todos vivemos que busco revelar, de forma pessoal, ao lidar com o universo feminino. A busca de uma “redenção” que se dá pelo reconhecimento da condenação de saber-se presa de uma realidade que não temos como aceitar ou rejeitar. Apenas, como se fosse um fardo, carregá-la. Acredito que é no lidar com essa nossa “humanidade”, encará-la de frente, sem medo ou rejeição no lidar com seu lado mais sombrio, que possibilita, ao menos para mim, o ato da escrita. E a mulher vem a simbolizar o caminho que me possibilita essa redenção. Apenas simbolizar, não coloco esse fardo nos ombros de ninguém.

 

SMC - Seu livro de poesias, a ser lançado em setembro, já tem um título?      

Ricardo Correia - Sim, mas prefiro não dizê-lo até o momento em que anunciar o lançamento.

 

SMC - Qual a mensagem que você quer transmitir ao leitor através dos textos poéticos apresentados nesta obra?

Ricardo Correia - Não há mensagem a ser transmitida, eu apenas tento retratar, digamos assim, minha humanidade sem muita maquiagem. O que há é apenas a vida a ser vivida.

 

SMC - Conte-nos um pouco sobre o seu livro “O Colecionar de Vulvas”.

Ricardo Correia - Meus textos direcionam-se, quase inteiramente, as mulheres, a figura feminina. Certamente que uma tentativa de adentrar-me, intimamente, nesse rico e misterioso universo. Isso através de uma tentativa, inglória talvez, de imiscuir-me no universo psíquico dos personagens. Universo esse, que procuro não interferir com meus conceitos e pré-conceitos, no desenrolar da narrativa. Procuro deixar que os personagens sigam seu próprio caminho. Por mais absurdo que possa parecer, acredito que eles, os personagens, têm vontade própria. Eu sou apenas o veículo de expressão.

 

SMC - Escritor Ricardo, onde podemos comprar o seu livro?

Ricardo Correia - O livro de contos “O Colecionador de Vulvas”, pode ser comprado através do site da Editora Scortecci, da livraria Cultura e livraria Martins Fontes. O livro de poemas será lançado pela Editora Ibis Libris, aonde estou sentindo um enorme prazer de realizar esse trabalho. Em outro momento, poderei informar como o livro será comercializado.

 

SMC - Quais os seus principais objetivos como escritor?

Ricardo Correia - Lidar com uma realidade que não seria possível de uma outra maneira. Não tenho a pretensão de apregoar uma “verdade” para quem quer que seja. Normalmente, tenho que conviver com um eterno estado de dúvida em relação a tudo na vida; isso é o que tenho de mais caro em mim, mas não recomendo a ninguém. Escrever, para mim, é o eterno rolar da pedra de Sísifo.

 

SMC - Como você vê o mercado literário brasileiro?

Ricardo Correia - Infelizmente, apesar de um evidente crescimento desse mercado, bastante deficitário. Mas, ele é apenas reflexo do país.

 

SMC - Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil?

Ricardo Correia - Não sou capacitado para dizer algo a respeito. Mas o país precisa, evidentemente, investir maciçamente na educação.

 

SMC - Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor o Escritor Ricardo Correia, que mensagem você deixa para nossos leitores?

Ricardo Correia - Como já disse, não tenho mensagens a dizer; no entanto, ler pode ser um enorme prazer. Obrigado.

 

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