Sempre avante
Meus rumos abrem caminhos retos, sinuosos, obtusos ou tortos, conforme o bater e o sentir do coração. Se caminhos retos, me levam rápido ao encontro do outro. Se tortos, conduzem-me por trilhas ainda não reveladas e, portanto, desconhecidas e que me assustam. Se sinuosos, escondem verdades em curvas fachadas, nos abismos da vida. Se obtusos, conduzem a pontas cortantes. Contudo, são sementes plantadas com habilidade, em terra fértil.
Qualquer que seja o caminho a verdade é a mesma; leva-me ao encontro de algo, de alguém conhecido ou não. Conduz ao inesperado, a supresas nem sempre desejáveis ou agradáveis, os quais, por vezes, nos entregam ao sempre de nós mesmos.
Caminhos são estradas para a gente passar. Dejam de chão, de asfalto, saibro ou de pedra, dificilmente, essas estradas, estão aptas a levar-nos sem tropeços. Em qual caminho me encontro, me acho ou me perco? Não sei! Apenas sei que "tudo principia na própria pessoa". Quer em passos apressados, incertos ou lentos, sigo minhas estradas.
Incertos ou não, dividos em rumos obscuros ou não; a verdade é que são concretos, são frios, são quentes. São solitários, saudosos de ausências e me conduzem à incógnita di mundo! Levam-me, porque não posso parar, na "canção de minha história". Levam-me ao encontro e desencontros de minhas buscas de mim e de minhas verdades espalhadas por onde andei.
Sigo. Tropeço. Caio. Levanto. Porém, sigo, embora, logo ali, eu torne a cair. Insisto, persisto no seguir, segundo à circunstância do momento. Não corro, as pernas já não me suportam. Vou "como a criança que não teme o tempo." Simplesmente, avanço e guardo lembranças do que já percorri. Lembranças fugazes, perenes ou que se apagam ao toque da próxima lembrança, que, por ora, ocupará o lugar titular.
Caminhos que se cruzam. Caminhos .paralelos. Caminhos equidistantes. Todos me dão a certeza de que vivo, pois só os mortos são estáticos.