Sombras - por Elair Cabral

Sombras  - por Elair Cabral

SOMBRAS

 

Mergulho no silêncio...

A quietude, das horas vagas, envolve-me...

O silêncio que fala, impregna minha’ alma.

 

 Não me reconheço na imensidão dos ruídos abstratos,

 Nesse jogo de luz e sombra, de sonoridade e silêncio,

De ausência e presença.

 

 Navegando no barco do destino,

Contemplo meu universo,

E, no espelho das águas da vida inesperadamente,

Defronto-me com fragmentos do meu “eu”...

 

Não consigo calar o silêncio.

Vejo-me, então sugada por redemoinhos,

Dos encontros e desencontros.

 

Bailando freneticamente,

Vislumbro a magia

De nascer, ou morrer,

Atos inerentes como estar só.

 

Porque teria eu,

Medo das chuvas tempestivas,

Se me encontro em profundas e límpidas águas?

Num extasiante mar de emoções vigiado por Poseidon,

Cenário de sonhos, povoado por onomatopéias do silêncio...

Interrompe-se o giro, cessam-se os  sons...

 

Aí, o silêncio mergulha no silêncio...

Na solidão, emirjo e bebo na fonte da inspiração,

Quando as asas do vento me Impulsionam rumo ao vazio.

 

 São prófugos momentos,

Arrebatados pelo amor à poesia.

E assim, na escuridão, cúmplice da noite

O silêncio abre seus panos

E volta a atuar...

 

 

 

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