VICIADA NO TEU SILÊNCIO
TORNEI-ME VICIADA NO TEU SILÊNCIO
Há silêncios estrondosos, arrebatadores
Não o teu
É um silêncio morto, inútil, num corpo vivo…mas sem vida
Porque a tua alma, não encontrou guarida
De ti só saem sons mudos, sem asas
E perdem-se no ar, por falta de amor
Nem tu próprio te consegues ouvir
O mundo por ti inventado, dá-te imagens irreais
Sons distorcidos e verdades fabricadas
Que te levam a definhar
Como as flores que não são regadas
ESTOU VICIADA NO TEU SILÊNCIO
Não me dizes nada
Mas gosto de te ouvir de boca fechada
A olhar preso numa estrada sonhada
Que se esfumou por falta de garra
VOU CONTINUAR VICIADA NO TEU SILÊNCIO
Mas nunca alienada do que sinto e penso
Os teus murmúrios silenciosos
Alimentam o rio que borbulha na minha mente
Porque mesmo ausente
Há uma energia potente que me puxa para beber em ti
Esse silêncio.
SIM, VICIEI-ME…
Ou será que tu é que me viciaste
Para que de ti nunca me afastasse?