Certezas - por Lígia Beltrão

Certezas  - por Lígia Beltrão

Certezas

 

A boca escura a esperar

Da cova funda aberta

Cheiro de dor no ar

É o que temos como certa.

 

Flores murchas a chorar

A saudade do que ficou

Esperança dissipada no ar

Vida vazia se enterrou.

 

Enternecida incoerência dos ausentes

Beijo de santo a molhar o altar

Hipocrisia dos que ficam ali presentes

Num lamento disfarçado triste a chorar.

 

E assim vai a vida pra nunca mais voltar...

 

Lígia Beltrão

 

 

 

 

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