E a idade vai chegando... - por Francilangela Clarindo

E a idade vai chegando...

            Ninguém tem nove ou dez anos para sempre, então fui ficando mais velha. E o que era só uma paquerinha, uma olhadinha, foi crescendo para uma vontade louca de namorar.

            Já agora tinha quinze anos. Imagine? Estava muito querendo um namorado, um príncipe encantado em seu cavalo imponente, branco, lindo (ambos, o cavalo e o príncipe. Ninguém merece sonhar com um lindo cavalo branco impontente com um príncipe horrível o montando, ou mesmo um príncipe lindo de viver num cavalo horroroso. Aliás, já está implícito, príncipe só vale quando é lindo, maravilhoso, gato, fofo, de fechar o quarteirão. Mas, venhamos e convenhamos que a realidade não é bem 
diferente do que a teoria).

            Foi então que, num belo dia, na aula, a professora pede o sonho escrito no papel. E ainda diz para que o deixemos por 15 anos guardado e depois façamos uma análise se ele foi realizado ou não em nossas vidas. 

            Não contei pipoca. Foi lá a história do príncipe encantado. Não imaginei outra coisa. Hora, só pensava nisto. Nem aí para a profissão, o futuro, coisas assim do tipo. Príncipe encantado. Pronto! Simples assim.

            A professora respeitou o sonho de cada um. Não pediu que o lêssemos e muito menos recolheu nosso papel, mas conversamos muito sobre nossos sonhos, o futuro, o que era legal ou não de se fazer (claro que a professora não iria perder a oportunidade de passar bons conselhos para nós, afinal, na idade que estávamos, não era excesso aconselhar).

             E eu gostei muito de ouvir minhas colegas, os meninos 
e até a professora. Foi bom, muito bom!

Francilangela Clarindo

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Fragmento do livro: "Socorro, meu príncipe virou sapo" de Francilangela Clarindo

Á venda na Editora Multifoco e na Livraria da Travessa.

 

 

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