Edson Martins - Entrevistado

Edson Martins - Entrevistado

Adoção, é temática abordada em “Palmeiras do Éden”

Por Shirley M. Cavalcante (SMC)

 

Edson Martins, natural de Farol, um pequeno município do interior do Paraná, do qual foi prefeito por dois mandatos (1997/2000 – 2001/2004), é professor especialista e advogado. Graduado em Letras Anglo Portuguesa, cursou Pós-Graduação em Estrutura do Ensino da Língua Portuguesa. Publicou as obras de literatura infantojuvenil “Tulipo, o fantasminha apaixonado” e “Pequerrucha , uma garotinha”. Com a publicação de “Palmeiras do Éden” faz sua estreia como romancista.

“A necessidade de se olhar a criança órfã entregue a abrigos, como uma possibilidade de realizar o sonho da maternidade/paternidade também provocam uma importante  reflexão.”

 

Boa leitura!

 

Escritor Edson Martins, é um prazer contarmos com a sua participação na Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia. Conte-nos, o que o inspirou a escrever “Palmeiras do Éden”?

Edson – Sinto-me honrado e muito grato pelo convite da Revista Literária Lusofonia.

O que me inspirou a escrever o “Palmeiras do Éden” foi a leitura do livro-reportagem da jornalista Daniela Arbex, “Holocausto Brasileiro”, que relata os maus-tratos ocorridos no Hospital Colônia de Barbacena através de funcionários e pessoas que tiveram ligação com o local. Enquanto lia o livro ficava imaginando as muitas histórias de sofrimento, abuso e humilhações sofridas pelos internos naquele lugar. Resolvi colocar no papel as situações imaginadas, e surgiu o “Palmeiras do Éden”, que marca minha estreia como romancista.

 

Após inspiração, quanto tempo levou para escrita, até a publicação do livro?

Edson - Da escrita à publicação foram quase três anos. Um processo inteiramente prazeroso em todos os momentos.  Amei escrever cada linha do “Palmeiras do Éden”. Quanto a Drago Editorial e sua equipe, a parceria é gratificante. Você se sente em casa com o apoio e atenção recebidos.

 

Apresente-nos a obra?

Edson - Com prazer! O “Palmeiras do Éden” é uma obra que aborda  a pluralidade humana, os desafios e a capacidade de enfrentá-los. O protagonista é o personagem Jonathan, um rapaz negro, belo e homossexual.  Órfão, é adotado pelo presidente da “Aguiar Cosméticos”, João Carlos Aguiar. Morto o pai adotivo, Germana, a madrasta, decide livrar-se do rapaz, acusando-o de atentar contra a vida dela, num surto psicótico, e interna-o no “Palmeiras do Éden”. No pseudo Centro de Assistência Psiquiátrica, Jonathan conhece outros internos com quem faz amizade, e experimenta os métodos nada convencionais do médico Matheus Garrido, que usa os pacientes para satisfazer suas taras e fantasias sexuais. Torna-se imperiosa para Jonathan uma fuga para que desmascarando a madrasta, volte a escrever sua história de vida. 

 

Quais temáticas estão sendo abordadas?

Edson - A temática central é a ambição desmedida por dinheiro e poder, o que numa sociedade capitalista, é bastante comum. Circundando a temática central, questões como o preconceito racial, a homofobia, a população de rua, os efeitos nefastos do uso de drogas, os maus tratos à pessoa idosa.  A necessidade de se olhar a criança órfã entregue a abrigos, como uma possibilidade de realizar o sonho da maternidade/paternidade também provocam uma importante  reflexão.

 

Qual a mensagem que deseja transmitir ao leitor por meio da leitura de “Palmeiras do Éden”?

Edson - A mensagem que desejo transmitir ao leitor por meio da leitura do “Palmeiras do Éden” é que as ações mesquinhas desencadeadas contra o semelhante por mentes maldosas podem ser derrotadas quando se encontra grandes e raros amigos pelos tortuosos e incertos caminhos da vida. Ser feliz, viver a vida plenamente é direito de todos que não pode ser submetido a regras e convenções sociais pensadas para privilegiar alguns poucos em detrimento de muitos.

 

O que mais o atrai no enredo que compõe a trama?

Edson - A história de vida de cada personagem é bastante atraente.  Se a história de dor e sofrimento do protagonista Jonathan é comovente, comovem igualmente as histórias de Elton, Rebeca e Guilhermina, uma senhora idosa. Impossível não se emocionar com a generosidade da  moradora de rua Baronesa, com a doçura do garoto favelado Ly, mandado para um abrigo. A vilã, Germana, tem maldade e charme na medida certa para ser odiada, e de repente até admirada. Logo, o que mais me atrai é a galeria de personagens que bem representa pessoas que o leitor vai perceber que existem, e até conhece alguns  na vida real.

 

Onde podemos comprar o seu livro?

Edson - O livro já pode ser adquirido na Amazon, e para quem tem o Kindle Unlimited, o acesso é imediato para leitura. Na loja online da Drago Editorial também pode ser adquirido, e nos próximos dias em outros canais parceiros da editora.

 

Quais os seus próximos projetos literários?

Edson - Já estou trabalhando num novo romance, “A Lágrima do Girassol”, que planejo concluir até o final do ano. É uma narrativa com os elementos que mais agradam ao leitor, como encontros e desencontros amorosos, oportunismo, máscaras sociais, opressão e exploração da pessoa humana, coragem e luta para não sucumbir a armadilhas que estão sempre à espreita. 

 

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista. Muito bom conhecer melhor o escritor Edson Martins. Agradecemos sua participação na Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia. Que mensagem você deixa para nossos leitores?

Edson – Foi um enorme prazer participar do Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia. A mensagem que gostaria de deixar é que, apesar de tudo que temos visto e vivido, especialmente no Brasil, ainda é possível seguir lutando por um mundo mais solidário, uma sociedade mais igualitária em que as pessoas sejam valorizadas e respeitadas pelo universo singular que representam, e não julgadas pela cor da pele, orientação sexual, religião, aparência física e/ou condições socioeconômicas. A arte, especialmente a literatura, continua tendo um papel primordial na transformação de mentes para que alcancemos patamares cada vez mais elevados de justiça social. Leitura como entretenimento, sim, e leitura como ferramenta de combate a ações que visem atacar a dignidade humana, sempre. Muito obrigado!

 

 

 

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