Em Vitória - Cerimônia de investidura da veste talar da pelerine da ACLAPT-C
Em 26 de abril de 2018, haverá solenidade de posse na Academia de Letras e Artes de Poetas Trovadores – ACLAPT-C, ocasião em que a professora Ana Paula Quintanilha Bastos de Jesus, tomará posse da cadeira número 13, que tem como patrono o célebre poeta Solano Trindade. O evento ocorrerá no Auditório da Assembleia Legislativa Estadual, na Av. Américo Buaiz, 205 - Enseada do Suá, Vitória - ES, 29050-463, com início às 17h, sob o comando do Mestre de Cerimônias Paulo Negreiros.
Da acadêmica:
ANA PAULA QUINTANILHA BASTOS DE JESUS, possui graduação em Letras - Língua Portuguesa pela Universidade de Santo Amaro (2001) e graduação emArtes Visuais pelo Centro Universitário Ítalo Brasileiro (2009). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Especial, pós-graduada em Educação Especial pela Universidade da Grande Fortaleza, possui cursos de completação na área de inclusão. Sendo que algumas pesquisas fazem parte do livro de sua autoria intitulado “Inclusão Sem Medo”, uma Coletânea de Artigos, o livro é uma coletânea de artigos científicos voltado para pesquisas cientificas com tema centra as deficiências e síndromes. A autora possui dois livros publicados, o outro trás um tema infanto juvenil intitulado “O Maravilhoso Mundo da leitura”, contos e crônicas. Suas produções literárias bem como suas pesquisas para conclusão do Mestrado foi permeada com troféu literário com o titulo de “Mulheres Notáveis Cecilia Meireles” no ano de 2017 na cidade de Itabira, no mesmo ano recebeu a comenda Castro Alves fruto de suas pesquisas, as quais se encontram publicadas na Revista Acadêmica Online, no site Web artigos, no site Só Pedagogia, no blog Ecos Latinos. Participação como palestrante no Congresso da Faculdade Polis das Artes, na Federal de São Carlos,na Federal de Cubatão.
Do Patrono:
Solano Trindade, patrono da cátedra número 13, nasceu no bairro São José em Recife, no dia 24 de julho de 1908, e faleceu em 1974, no Rio de Janeiro. Possuidor de grande carisma e visão, para quem a arte representava parte essencial da vida, tornou-se poeta, teatrólogo, pintor e pesquisador das tradições populares.
Seu pai, Manuel Abílio, era sapateiro e apreciava dançar Pastoril e Bumba-meu-boi, acompanhado por Solano, que também lia para sua mãe, D. Emerenciana, quituteira e operária, novelas, literatura de cordel e poesia romântica.
Solano realizou em 1934 o I e II Congresso Afro-Brasileiros no Recife e em Salvador. Em 1936 funda o Centro Cultura Afro-Brasileiro e a Frente Negra Pernambucana, uma extensão da Frente Negra Brasileira, e publicou o trabalho Poemas Negros. Em 1944 publicou o livro Poemas de uma Vida Simples. Sua experiência mais bem-sucedida foi a realização do Teatro Popular Brasileiro, criado por ele, por sua esposa Margarida Trindade e pelo sociólogo Édison Carneiro em 1950. O TPB se dedicava a uma leitura de danças como maracatu e bumba-meu-boi, e oferecia cursos de interpretação e dicção, e era formado por operários, estudantes, gente do povo; tendo a oportunidade de expor seu trabalho na Europa. Ao retornar ao Brasil, Solano vem a São Paulo e é convidado pelo escultor Assis para apresentar-se no Embu.
Os trabalhos de Solano e Assis, irrompem na feira de artesanato e revolucionam o local, aumentando o fluxo turístico. Solano era conhecido como "o patriarca do Embu".
Solano, orgulhava-se ser chamado de "poeta negro", sendo comparado a importantes escritores como o cubano Nicolas Guilhén, de que se tornou amigo, e ao americano Langston Hughes. Nos versos da sua poesia afirma sua ascendência com orgulho:
Sou negro
meus avós foram queimados pelo sol da África
minh'alma recebeu o batismo dos tambores atabaques, gonguês e agogôs.
Foi essa extraordinária e multifacética personagem que ornamentou, com dignidade, a cátedra nº 13, Ana Paula Quintanilha Bastos de Jesus, desta ilustre e querida Academia de Letras e Artes de Poetas Trovadores – ACLAPT-C.