Longo aprendizado - por Maria Estela Ximenes

Repercutiu na mídia o caso do pedreiro que procurou o dono para devolver uma pasta com cheque de cinquenta mil reais que achou na rua. Diante de um acontecimento como esse, dois discursos são defendidos: aquele que tacha o pedreiro de tolo  - poderia ter desfrutado o dinheiro alheio na compra de bens para si, e quem admira a sua atitude.

Indivíduos que criticam o pedreiro parecem brotar com mais frequência na sociedade; são oportunistas na rua, em casa ou no trabalho. Espertos furam a fila, ultrapassam o sinal de trânsito, embolsam o troco recebido quando maior, possuem discurso categórico, no afã de impressionar ou convencer alguém.

Normalmente, se gabam de suas atitudes: “É óbvio que eu não devolveria o dinheiro! Quem mandou perder? A grana surgiu em boa hora!”.

A atitude do pedreiro revela que o dinheiro é incapaz de aplacar a qualidade de ser honesto. Certamente, herdou dos familiares valores essenciais para a vida em comunidade, abraçando apenas o que lhe pertence – a cobiça e os bens em si, não são essenciais.

Ser honesto consigo e com a sociedade tem mais valor do que o dinheiro achado na rua.

Difícil ser honesto? Possuir valores?

Essa é a diferença entre o indivíduo esperto e o pedreiro – viver segundo a sua consciência. É um longo aprendizado que certamente um indivíduo esperto necessita adquirir.

Do livro “Um Pindaíba nunca está sozinho”

 

 

 

 

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