Empédocles - por Maurício Duarte

Empédocles

A qual escola pertencia Empédocles é uma questão deixada sem resposta por Aristóteles. Com a escola eleática, ele pôs os sentidos em dúvida. Levando a razão humana e a divina como uma, ele achou, na razão, a busca pelo conhecimento. Colocando a origem do universo nos elementos materiais, ele pareceu se aliar à escola iônica, mas ele se separou deles, assumindo quatro originais ou raízes elementais ao invés de uma. Delas, ele fez o fogo a mais importante, o que parece fazê-lo próximo deHeráclito. Esses elementos são, cada um deles, originais e eternos. Eles estão misturados pelo trabalho de dois poderes – luta e amizade. Os homens os chamam de nascimento e morte,mas, em realidade, eles não são nem nascimento nem morte. Não há nada que possa ser produzido que não tenha existido sempre e nada que existiu alguma vez que possa deixar deexistir. Esse também é o fundamento da doutrina filosófica de Empédocles. Ele é verdadeiramente eleática. Mas com a suadoutrina de separação e união de elementos, ele parece ter começado como Heráclito, não, no entanto, puramente, porque para Empédocles, os elementos não mudam neles mesmos, mas apenas em suas relações. Os quatro elementos são eternos, ainda que não elementos materiais, mas como existências ideais na mente divina. O mundo como revelado pelos sentidos é nada mais do que uma cópia. O mundo intelectual é o tipo. O último, sendo ideal, é a realidade da forma, que é apenas fenomenal. Os elementos raízes existem eternamente no Um.

A separação e a união que nós vemosincessantemente, em processo, é causada pela discórdia e pela amizade. Como esses elementos raízes são ospensamentos originais do Supremo e como eles criam contínuas transformações,assim o ser do supremo Um é interfusionado pelo universo. Sua essência pervarde tudo. Toda a vida e inteligência são manifestações da mente divina. Deus não é como qualquer coisa que passa a ser vista, tocada ou imaginada pelo intelecto humano. Ele é uma mente infinita. Aqui Empédocles se junta a Xenophanes em oposição às populares divindades da mitologia. Ele foi um dos grandes inimigos dos deuses de Homer. A teologia de Empédocles tem sido descritacomo a apoteose da natureza e pré-eminentemente panteísta, que seja no senso demeramente cultuar a natureza externa. Mas os versos de Empédocles evidentemente significam mais do que isso. O politeísmo foi a apoteose da natureza, mas o panteísmo de Empédocles foi o culto do ser. Seu Deus não é o fenomenal, mas o real e é aliado ao Um de Parmenides.

Apenas nesse estágio pôde ele se opor ao cultodas divindades populares. Mas nós temosvisto em outro lugar que esse culto do ser teve quase a mesma origem ao cultodos poderes naturais e objetos. O um foio objetivo da razão, o outro foi o resultado da imaginação. O um fez a teologia do filósofo e o outro da multitude. A razão protestou contra o politeísmoque Empédocles não pode fazê-lo em sua teologia sendo meramente uma deificação da natureza fenomenal. A tradição diz que Empédocles proclamou a si mesmo divino e para provar isso, foi até a cratera do Monte Etna. A montanha não provou sua divindade tirando suas sandálias. Isso pode ser verdade ou pode ser apenas uma interpretação popular daidentificação do homem e da razão divina.

Livre Tradução do escritor e artista visual Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) do livro Pantheism and Christianity . John Hunt . 1884 . Religião Grega . Empédocles

 

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