Quem já contemplou o nascer do Sol à beira-mar, sabe do que estou falando... quem ainda não o fez, é capaz de visualizar o cenário de beleza, com riquezas de detalhes. Amanhecer e entardecer são irmãos gêmeos. Minhas fotografias dos primeiros minutos do dia sempre são confundidas com por-de-sol, mas não me importo: eles são, extremamente, semelhantes.
Isso só confirma minha hipótese de ciclos contínuos de “vida” e de “morte”, se é que podemos utilizar esta metáfora aqui!
Nascer e por de sol sempre são grandes eventos; únicos, personalizados, sublimes... As marés também são eventos; únicos, personalizados, sublimes...
Defendo esta tese, com base em comprovação científica infantil e os teóricos que fundamentam a pesquisa são os banhistas “mirins”, que acrescentam dados e elementos novos às pesquisas.
A frase que citarei, nesse instante, renderá uma segunda crônica de cunho humorístico, mas, por hora, basta-me o que um garotinho disse ao pai, num kioske de praia:
_Aqui? Mas aqui não dá para assistir “o” mar!
Ri, discretamente, ao ouvir a colocação do menino e, ao mesmo tempo, pensei: “Genial este garoto”!
Realmente, apesar de todos os eventos organizados pelo ser humano, os estados de espírito do mar constituem-se em eventos maiores, sublimes: as ondas, as cores... o vento... o brilho... Nenhum ser humano é capaz de organizar isso!
Há muito o que assistir!
Melhor do que qualquer programa de TV, assistir ao mar, em qualquer estação do ano... em qualquer período... é sempre uma excelente alternativa!
Genial, garoto! Você se inseriu na crônica, com um terceiro elemento que fez toda a diferença. Pude alinhavar os parágrafos iniciais, formulados sob o guarda-sol, no período da manhã, à questão surpreendente que emergiu no fim de tarde.
Por isso, gosto de rascunhar e rabiscar meu caderno de poemas e crônicas. O que começo escrever sempre se organiza por conta própria e o desfecho emerge como elemento novo! Assistir ao mar!
Está aí uma frase fantástica , que compôs um enredo iniciado com o nascer do Sol e encerrado ao entardecer. Muitos eventos... uma crônica (que talvez nem seja um vento, mas que é bom refletir é, não?!
Publicado em 05/03/2014